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Nove empresários e um contabilista foram detidos, esta quarta-feira, suspeitos de estarem envolvidos num esquema milionário de fraude fiscal e branqueamento de capitais. No total, 150 inspetores da Polícia Judiciária efetuaram ontem dezenas de buscas a empresas do setor mobiliário e residências particulares em Paços de Ferreira e Paredes, no âmbito da operação “Fundo Falso”, dirigida há vários meses pelo Ministério Público.

Os empresários, que ostentavam sinais de riqueza que chamaram a atenção, com a colaboração de uma empresa de contabilidade, recorriam à emissão de “faturas de favor”, sem transações fundamentadas, com o objetico de “aumentar ficticiamente os custos e consequente liquidação, entrega ou pagamento da prestação tributária devida”, explica o Expresso.

O esquema permitiu ainda, tal como conta o jornal, evitar declarações de vantagens patrimoniais, que terão lesado o Estado em vários milhões de euros de diminuição de receitas tributárias.

Em comunicado, a PJ adianta que os ganhos ilícitos foram “branqueados em sociedades criadas com esse propósito”.

Quem são e o que faziam os detidos

O Correio da Manhã noticia que um dos dez detidos na operação é Miguel Costa, dono de uma empresa de móveis com o mesmo nome, com sede em Paços de Ferreira, e que tinha 5,7 milhões nas suas contas bancárias e de familiares e um património imobiliário avaliado em 800 mil euros.

Além de Miguel Costa, outros empresários usaram o mesmo esquema, revela o CM, precisando que utilizavam os serviços da empresa de contabilidade Bruno Taipa e com recurso a faturas falsas inflacionavam os custos e minimizavam os lucros. Depois, conseguiam depois reaver elevadas quantias de IVA que não tinham pago e diminuir os custos em sede de IRC e IRS.

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