Concessão do imóvel foi atribuída, durante 50 anos, à empresa Sabir Investimentos - Imobiliária e Participações, Lda.
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Évora: Quinta do Paço de Valverde ganha “segunda vida” como hotel ao abrigo do programa Revive
Programa Revive

A Quinta do Paço de Valverde, em Évora, vai renascer como hotel de quatro estrelas ou superior, no âmbito do programa Revive, tendo a concessão do imóvel sido atribuída, durante 50 anos, à empresa Sabir Investimentos - Imobiliária e Participações, Lda. “O empreendimento deverá iniciar a exploração em 2024”, lê-se no site do programa.

Segundo a mesma fonte, foi lançado em janeiro deste ano o concurso público para a concessão de exploração da Quinta do Paço de Valverde, “com vista à realização de obras, incluindo de infestruturas, e posterior exploração para fins turísticos como estabelecimento hoteleiro, com a classificação de quatro estrelas ou superior, nos termos da legislação em vigor”. Em causa está um ativo que terá uma renda mínima anual de 10.000 euros e que tem uma área bruta de construção total de cerca de 7.478 metros quadrados (m2).

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Programa Revive

Localizada a alguns quilómetros da sede de concelho, a quinta, classificada como imóvel de interesse público, integra um paço episcopal, “cuja construção teve início no séc. XVI, perto da ribeira de Valverde, por iniciativa da diocese eborense ou Mitra de Évora, e que serviu de local de descanso aos seus membros”. “Posteriormente, o Infante Dom Henrique fundou nos terrenos da quinta um convento de frades capuchos, cuja comunidade aí se instalou em 1517”, lê-se na descrição que consta no site do programa Revive.

De acordo com o mesmo texto, “do primitivo edifício quinhentista conservam-se muitos vestígios arquitetónicos, alguns de feição manuelina (...)”. “Destaca-se, ainda, pelo seu valor arquitetónico, a capela do convento. Um perfeito exemplo de micro-arquitetura renascentista, onde a harmonia do traçado e a planta centralizada em cruz grega revelam rara erudição e atualidade. Contíguas à capela do convento existem as ‘Casas Pintadas’ com vários frescos. Após a extinção das ordens religiosas, em 1834, todo o conjunto acabou por ficar na posse do Estado, que aí instalou um Posto Agrário, mais tarde a Escola Prática de Agricultura, e depois ainda a Escola de Regentes Agrícolas, agregada até aos dias de hoje à Universidade de Évora”, concluem os autores da descrição.

De recordar que o programa Revive é uma iniciativa conjunta dos ministérios da Economia, Cultura e Finanças, com a colaboração das autarquias e a coordenação do Turismo de Portugal.

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