Fortera decidiu comercializar dois dos projetos imobiliários que estava a desenvolver no concelho do grande Porto.
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Projeto residencial Riverside e lote de escritórios do Skyline em Gaia colocados à venda
Riverside Gaia Fortera

O grupo israelita Fortera colocou à venda dois dos projetos imobiliários que estava a desenvolver no concelho de Vila Nova de Gaia. Por um lado, está em causa o projeto residencial Riverside Gaia, com cerca de 590 frações, numa área bruta de 44.200 metros quadrados (m2) - com o loteamento já aprovado, o projeto está avaliado em cerca de 13 milhões de euros. Por outro lado, o segundo projeto em comercialização é um lote de 16.500 m2, destinado a escritórios, que está incluído no Skyline, um megaempreendimento localizado nas traseiras dos Paços do Concelho de Gaia e que resulta de uma parceria com a autarquia para a construção de um centro de congressos.

Este último projeto imobiliário, que será assinado pelo arquiteto Souto Moura, implica um investimento total superior a 100 milhões de euros, e contempla também construção de um hotel de 160 quartos, e de 100 apartamentos. De acordo com fontes do mercado ouvidas pelo idealista/news, o lote tem um valor de venda de cerca de cinco milhões de euros.

A Fortera, que nasceu em 2015, tem como objetivo "tornar-se líder no desenvolvimento e gestão imobiliária em Portugal, passando pela especialização em reabilitação e renovação”, segundo diz na sua página oficial na Internet. Neste momento, a empresa tem 17 projetos em curso, somando 400 milhões de investimento.

Ao idealista/news, o CEO e cofundador, Elad Dror, indica que o grupo Fortera “tem um enorme pipeline (mais de 300 mil m2) atualmente em desenvolvimento", destacando que "faz parte de nossa política de gestão de ativos revender se acharmos apropriado”. Sobre o impacto da pandemia da Covid-19 no negócio e no imobiliário, em geral, garante que “estamos muito otimistas no mercado e continuamos a fazer transações ainda mais do que nunca”.

 

Projeto residencial Riverside e lote de escritórios do Skyline em Gaia colocados à venda
Fortera

Fortera confirma “possibilidade de vender”

Em relação ao projeto Skyline, que no total terá aproximadamente 54 mil m2 de construção, Elad Dror, CEO e cofundador do grupo Fortera, refere ao idealista/news que “nunca tivemos a intenção de desenvolver tudo sozinhos, pelo que decidimos explorar as possibilidades de vender 16.500 m2, que é o espaço de escritórios, e apostar no restante que é grande e, atualmente, o nosso principal interesse”.

O responsável garante, porém, que a venda do lote de escritórios no projeto Skyline não coloca em causa a parceria com a autarquia de Gaia, nem vai atrasar a sua concretização.

“O interesse do município é principalmente o centro de congressos, para o qual temos um protocolo e estamos a desenvolver 100% por nós”, precisa o responsável, frisando que “recentemente contratamos o sr. Souto Moura justamente para este propósito. E o mesmo vale para o hotel/apartamentos”.

 

Projeto residencial Riverside e lote de escritórios do Skyline em Gaia colocados à venda
Fortera

Quanto ao empreendimento Riverside, um projeto residencial localizado no lugar de Regadas, Gaia - “a poucos minutos da ponte da Arrábida” e “com acesso direto ao rio Douro” -, o gestor conta que “recebemos um pedido da CBRE para poder apresentá-lo aos investidores e acertarmos as condições de venda por um preço alvo específico”, dando nota de que ainda “estamos a desenvolver o projeto a todo o vapor e os dois cenários estão em cima da mesa”.

Porto continua muito apetecível para os investidores

Também Luís Mesquita, Head of CBRE Porto, confirmou ao idealista/news que os dossiers relativos aos dois projetos imobiliários da Fortera têm sido apresentados aos investidores. Contudo, sobre o processo de venda e os valores que estão em negociação não adiantou mais pormenores.

O responsável destaca que o Skyline é constituído por um conjunto de peças que “podem avançar umas independentemente das outras”, frisando que o centro de congressos será a “ancora do empreendimento”.

Quanto ao Riverside,  alerta para a escassez de habitação na região, sendo que o projeto, ao já ter loteamento aprovado, “permite o início quase imediato da construção, via o mecanismo de comunicação previa”.

Na apresentação do Riverside, pode ler-se ainda “que o projeto concedeu áreas abundantes ao município para uso público, portanto, não há impostos devidos pela construção dos lotes”.

Luís Mesquita considera que a Invicta “está ainda no radar dos investidores” e a cidade continua a atrair o investimento estrangeiro, declarando que "não falta interesse por parte dos investidores e o Porto e a sua região continuam a ser atrativos”. Mas admite que a atual situação de pandemia está a levar os investidores a um compasso de espera, precisando que, depois de agosto e setembro - devido à atual segunda vaga da Covid-19 - “notou-se um abrandamento, uma pausa”, com os investidores a preferirem “aguardar”.

Edifícios na Av. Boavista foram vendidos

Na carteira de investimentos recentes previstos pelo grupo Fortera estava o empreendimento B-Well, localizado no início da Avenida da Boavista, em frente à Casa da Música, mas que, entretanto, foi vendido. A confirmação é dada ao idealista/news pelo responsável do grupo Fortera,

Constituído por dois “edifícios do século XIX, duas magníficas obras de arquitetura que naturalmente proporcionam a elegância e o estilo que cada pessoa procura obter, os edifícios serão restaurados e adaptados para as necessidades de hoje”, podia ler-se, na altura, no site da Frontera Properties, sobre o futuro projeto.

Projetos em desenvolvimento no Porto, Gaia e Espinho

Sobre os projetos em desenvolvimento, Elad Dror revela que “atualmente estamos a terminar 38 frações no Espinho One, 14 unidades na Rua Nossa Senhora de Fátima, Porto, e acabamos de finalizar 8 unidades em Gaia (Moments)”, indicando que, “em janeiro, vamos iniciar a construção do empreendimento Azul, com 64 quartos na General Torres, em Gaia; 15 apartamentos na Rua da Fontinha, Porto e 77 apartamentos no Convento do Carmo, Braga”.

 

Projeto residencial Riverside e lote de escritórios do Skyline em Gaia colocados à venda
Fortera

Ainda sobre os projetos para 2021, fala sobre “258 quartos no Camilo (projeto Leonardo Hotels, na Rua do Camilo); 200 apartamentos no (rua) Bonfim (projeto To.Be Camilo, um conceito que combina alojamento de estudantes com albergue e segundo o website consistirá em 300 unidades, 700 camas, espaço de trabalho, área de festas, biblioteca, cinema, serviços de concierge, sala de ioga e meditação, além de um bar e restaurante); 14 apartamentos na 5 de outubro e o Skyline”.

E, finalmente, dá a conhecer que a empresa vai anunciar em breve “mais um projeto muito grande em Espinho", sem revelar detalhes.

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