Nova cidade na margem sul terá uma residência de estudantes com 333 estúdios

Vai nascer em Almada, na futura Cidade Global e Tecnológica de Innovation District, uma residência de estudantes com 333 estúdios com casas de banho individuais. A Wave Campus, como se chamará, será o primeiro empreendimento a ser construído na nova cidade global que vai surgir na margem sul: o início das obras está previsto para o verão deste ano e a abertura ao público no terceiro trimestre de 2023. O projeto prevê, em termos globais, um investimento privado de 800 milhões de euros e a criação de 17.000 postos de trabalho em Almada, no Monte da Caparica e na zona envolvente de Porto Brandão.

A Wave Campus sairá do papel através de uma ‘joint venture’ entre a Starburst Investments e a Rio Capital, sendo projetada pelo arquiteto Miguel Saraiva (atelier Saraiva + Associados) e dotada de funcionalidades que respondem às novas exigências, bem como de soluções técnicas inovadoras, com vista à redução do impacte ambiental e da pegada ecológica, refere a Rio Capital, em comunicado.

Rio Capital

“Junto ao campus universitário da Escola de Ciência e Tecnologia da NOVA (FCT NOVA), a residência de estudantes surge para suprir a escassez de oferta da região, tendo em consideração uma população estudantil que totaliza cerca de 15.000 pessoas, vindo assim colmatar uma lacuna no mercado de residências de estudantes na região. De referir que a FCT NOVA é uma das três maiores e mais prestigiadas escolas de Engenharia e Ciências em Portugal, com aproximadamente 8.000 estudantes, à qual se deverá acrescentar mais cerca de 7.000 localizados na mesma área geográfica, em outras faculdades e institutos existentes”, lê-se na nota enviada às redações.

Segundo a Rio Capital, trata-se de “um projeto inovador”, estando a residência de estudantes e os respetivos estúdios dispostos em dois blocos, um com 215 unidades e outro com 118 unidades. A Wave Campus terá quatro pisos acima do solo e dois em cave, com 86 lugares de estacionamento, bem como 893,10 metros quadrados (m2) de área de estacionamento descoberto.

“Nesta infraestrutura serão aportadas soluções técnicas de ponta, ambientalmente sustentáveis, bem como novas funcionalidades e espaços partilhados para os seus utentes, nomeadamente no complemento de desporto e lazer”, refere a Rio Capital, adiantando que as rendas a cobrar aos futuros inquilinos serão inferiores a 400 euros por mês, “sendo, no entanto, ainda cedo para vincular o valor exato”. 

Rio Capital

Segundo Julio Luz, CEO da Rio Capital, o projeto da nova residência de estudantes tem a “preocupação de estabelecer valores de utilização adaptados à realidade da região e do país, cabendo assim no ‘bolso’ dos estudantes, não só os estrangeiros, previsivelmente com maior poder aquisitivo, mas sobretudo dos portugueses”. 

Prevista a construção de mil casas

No Innovation District, recorde-se, esta prevista também a construção, por exemplo, de 1.000 novos fogos habitacionais e de uma área de 250.000 metros quadrados (m2) para a implementação de novas atividades económicas e de 86.000 m2 de infraestruturas turísticas.

O projeto, que promete uma nova centralidade e a internacionalização da região da grande Lisboa, e que contribuirá para a recuperação económica de Portugal num cenário pós-pandemia da Covid-19, terá os seguintes proprietários/investidores: Universidade Nova de Lisboa; Cordialequation Unipessoal, Lda.; Rustik Puzzle, Lda.; SOSTATE, SA; Maia e Pereira, SA; Egas Moniz Cooperativa de Ensino Superior, CRL; Emerging Ocean Unipessoal, Lda.; RIO CAPITAL, Lda.; Orbisribalta - Investimentos Imobiliários e Turísticos, SA; Fundação Serra Henriques.

Rio Capital