A socimi espanhola Merlin Properties levou a melhor sobre a concorrência e comprou o emblemático edifício sede do Novo Banco, na interseção da Avenida da Liberdade com a Rua Barata Salgueiro, em Lisboa, por 112,2 milhões de euros. Já se sabe, de resto, que prevê investir cerca de 40 milhões de euros na modernização do imóvel, tornando-o um edifício premium de escritórios. Foram, ao todo, mais de 120 os investidores que executaram acordos de confidencialidade (“NDA”), tendo sido submetidas mais de 30 propostas não vinculativas para aquisição do edifício (“NBO”).
Disso mesmo deram conta a Cushman & Wakefield (C&W) e a JLL, que assessoraram a operação de venda. “Trata-se de um edifício com características únicas, pois combina um conjunto de ingredientes bastante difíceis de encontrar no panorama nacional: escala, localização e flexibilidade para uma futura reconversão”, lê-se no comunicado enviado pelas consultoras esta sexta-feira (30 de setembro de 2022).
Segundo as duas empresas, “estes ingredientes foram fatores chave para o sucesso do processo de venda, que atraiu níveis de interesse recorde”. A entrega de mais de 30 propostas não vinculativas para aquisição do edifício cobriram todas as perspetivas possíveis de utilização futura do espaço (escritórios, residencial e turístico), adiantam.
Propostas apresentadas totalizaram mais de 3.000 milhões
“A soma do valor das propostas apresentadas (i.e. capital potencialmente atraído para o processo) ultrapassou os 3.000 milhões de euros, mais de 80% dos quais com origem em capital estrangeiro. Estes números são um importante barómetro da atratividade que o mercado nacional continua a gerar, e que é transversal às principais classes de ativos”, lê-se na nota.
Para David Lopes, Head of Capital Markets na C&W, trata-se de uma transação que ficará na história do imobiliário português. “Edifício singular, adesão record, pluralidade de usos possíveis, interesse de investidores de todas as origens, capital disponível para investir num único imóvel tanto quanto se tem investido num ano inteiro de transações de investimento comercial em Portugal”, comenta.
Também Gonçalo Santos, Head of Capital Markets na JLL, reconhece que esta operação confirma o “dinamismo do mercado” imobiliário português. “As características únicas deste edifício deram origem a variadíssimas propostas com vista a diferentes tipos de utilização”, frisou.
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