Fundos imobiliários abertos têm uma rendibilidade média de 4,31%, tendo um retorno superior ao obtido na média dos últimos 3 anos.
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Fundos imobiliários em Portugal
Foto de Étienne Beauregard-Riverin na Unsplash

Num ano, entre junho de 2022 e junho de 2023, os fundos imobiliários abertos atingiram uma rendibilidade média de 4,31%, conseguindo um retorno superior ao obtido na média dos últimos três anos, fixada em 4,04%. Em causa estão dados da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP). Já o Banco de Portugal (BdP) revela que as aplicações de particulares nos fundos de investimento cresceram 307 milhões de euros no segundo trimestre.

Segundo o ECO, que se apoia em dados da APFIPP, entre os fundos abertos de acumulação, a média de rendibilidade é de 4,46%. Em junho, os fundos com maior retorno gerado para os subscritores foram os seguintes, por esta ordem:

  • Imonegócios, que contabiliza um desempenho de 9,58% desde o início do ano. Trata-se de um dos fundos da Parvalorem, que gere a carteira de imóveis que eram da propriedade do BPN, nacionalizado em 2008;
  • Property Core Real Estate Fund, comercializado pelo banco Best e gerido pela Square Asset Management, que tem em sua posse o maior portefólio de ativos imobiliários de Portugal, com uma rendibilidade de 6,84% anual;
  • AF Portfólio Imobiliário, que é gerido pela Interfundos do Millennium bcp, com uma rendibilidade de 5,15%.

No que diz respeito aos fundos abertos de rendimento, tiveram em junho um retorno médio de 3,89%, escreve a publicação, salientando que a liderar o ranking está um fundo do Estado: o Imopoupança, criado em 2010 e gerido pela Fundiestamo e comercializado pelo BPI, com um ganho de 5,40%. Seguem-se o Fundimo, da Caixa Geral de Depósitos, com 4,94% de rendibilidade anual, e o Imofid, da Fidelidade (4,17%). 

O valor líquido dos imóveis detidos pelos 206 fundos com atividade em Portugal ascende a 11.269,9 milhões de euros, mais 0,7% que no mês anterior. Desde o final de 2022, houve um aumento de 1,6% do valor do património dos fundos imobiliários, subindo o valor para 13,6% quando comparado com os últimos 12 meses.

Aplicações de particulares nos fundos de investimento em alta

Entretanto, as estatísticas mais recentes do BdP mostram que as aplicações de particulares em fundos de investimento subiram 307 milhões de euros no segundo trimestre, dos quais 248 milhões de euros "pela respetiva valorização". 

Para estas estatísticas são considerados os fundos imobiliários e os fundos mobiliários, que incluem fundos de ações, de obrigações, fundos mistos e outros fundos, escreve a Lusa. 

Segundo o regulador e supervisor bancário nacional, no segundo trimestre, “as aplicações dos particulares em fundos de investimento aumentaram 307 milhões de euros, dos quais 248 milhões de euros pela respetiva valorização”. No final de junho, “os particulares detinham 52% do total de unidades de participação emitidas e mantinham-se como o principal setor investidor em fundos de investimento”.

O BdP adianta que no final do trimestre, “o valor das unidades de participação emitidas pelos fundos de investimento era de 37,1 mil milhões de euros, mais 348 milhões do que no final do primeiro trimestre de 2023”, mantendo-se “a tendência de crescimento observada desde outubro de 2022”.

À semelhança do trimestre anterior, “o aumento do valor das unidades de participação foi essencialmente justificado pela valorização, em 450 milhões de euros, dos investimentos em carteira dos fundos”.

Em sentido inverso, os detentores de unidades de participação reduziram o seu investimento em 103 milhões de euros, no segundo trimestre.

O BdP adianta que os fundos imobiliários continuavam a ser a tipologia com maior peso no setor, correspondendo a 40% do total do ativo dos fundos de investimento no final de junho, seguidos dos fundos de obrigações e os outros fundos, que representavam 22% e 18%, respetivamente.

No segundo trimestre, “os fundos de investimento continuaram a privilegiar (...) o investimento em ativos não financeiros (designadamente imóveis), seguidos dos títulos de capital (incluindo ações, quotas e unidades de participação), sendo que, "combinadas, estas duas categorias de ativos representavam 64% do total do ativo dos fundos de investimento”.

*Com Lusa

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