As duas cidades somam aproximadamente 12.500 camas, das quais 58% constituem oferta operacionalizada por operadores privados.
Comentários: 0
residências de estudantes
Foto de Kaleidico no Unsplash

A procura crescente por alojamento estudantil em Portugal continua a aumentar e constitui um dos principais desafios que o ensino superior enfrenta atualmente. Mesmo com a rápida expansão de novos projetos de residências universitárias em Lisboa e no Porto, "uma parte significativa do mercado é ainda coberta por oferta desadequada às necessidades efetivas dos estudantes, indica o mais recente estudo da Savills, “Riding the Wave – Student Housing Accomodation”.

Atualmente, Lisboa e Porto somam aproximadamente 12.500 camas, das quais 58% constituem oferta operacionalizada por operadores privados. Até 2028, estima-se que sejam disponibilizadas cerca de 8.800 novas camas, das quais 85% pela mão de operadores privados em várias regiões do país.

Esta oferta irá beneficiar especialmente os estudantes que procuram acesso ao ensino superior nas principais cidades como Lisboa e Porto. Além disso, outras localidades como Aveiro, Covilhã, Faro, Braga e Coimbra também serão contempladas com novos projetos de residências de estudantes privadas.

Comparativamente a outros mercados europeus, o segmento de residências de estudantes é relativamente recente em Portugal. Atualmente, os operadores privados são responsáveis pela operação de mais de 8.000 camas distribuídas por todo o país. Nomes como Livensa Living, Miles tone, Xior, LivStudent, Round Hill Capital são alguns dos principais operadores que já expandiram a sua operação em Portugal.

"Procura tende a crescer cada vez mais"

“Os números suportam um mercado em crescimento em Portugal. A necessidade de entrada de oferta ajustada não só aos números de estudantes, mas também aos requerimentos dos estudantes, é vital para que o nosso mercado se mantenha competitivo. Temos um ensino superior de qualidade cada vez mais reconhecida nos rankings internacionais, mas é necessário que o investimento tanto de operadores privados como das instituições públicas consiga responder em tempo útil à procura que tende a crescer cada vez mais”, refere Alexandra Portugal Gomes, Head of Research da Savills.

  • Em Lisboa, o rácio atual de provisionamento de alojamento estudantil é de apenas 5%. Com cerca de 131.000 estudantes, a cidade de Lisboa registou um aumento de 3% no número de alunos comparativamente ao ano passado, dos quais 17% são oriundos de outras geografias, maioritariamente do Brasil e Angola. Para os próximos anos, o pipeline já em construção supera as 3.000 camas.
  • No mercado do Porto, o rácio de provisionamento de alojamento estudantil é de 8,2%. No total do ano académico de 2022/2023, o Porto recebeu 71.750 alunos, sendo que 16,5% são internacionais, com destaque para Brasil e França. Até 2026, estão previstas a entrada de mais de 2.000 novas camas em projetos desenvolvidos por operadores privados.

"Investidores e operadores internacionais com forte presença noutros mercados estão cada vez mais atentos ao mercado português. Este crescente interesse no investimento de capital internacional no segmento de residências de estudantes em Portugal tem ganho destaque, como demonstrado pelas recentes transações", lê-se ainda no comunicado.

Em 2022, a Round Hill Capital adquiriu o portefólio Smart Studios por 200 milhões de euros, enquanto que em 2021, a Value One Holding vendeu a Residência Carcavelos Lombos ao fundo alemão Catella por 15.5 milhões de euros.

Acompanha toda a informação imobiliária e os relatórios de dados mais atuais nas nossas newsletters diária e semanal. Também podes acompanhar o mercado imobiliário de luxo com a nossa newsletter mensal de luxo.

Ver comentários (0) / Comentar

Para poder comentar deves entrar na tua conta