O presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) está preocupado com o impacto que o caso BES pode ter no setor imobiliário. “Se não fosse este problema com o setor financeiro e este incidente, que não ajudou e que me surpreendeu pela negativa, acho que este ano ia ser excelente, como demonstram os números do primeiro semestre. Ainda assim acho que vai ser um ano positivo, mas estou cauteloso. Preciso saber exatamente o que aconteceu em julho, agosto e setembro”, disse Luís Lima, em declarações ao idealista News Portugal.
Segundo o responsável, os dois programas lançados pelo Governo para captar investidores estrangeiros – o Programa de Autorização de Residência para Investimento (Vistos Gold/Golden Visa) e o Regime Fiscal para os Residentes Não Habituais – “ajudaram imenso” a contribuir para que haja mais estrangeiros a investir no imobiliário nacional, mas há que ter cautelas: “O mais importante é a credibilidade do nosso ativo. Um incidente como este que aconteceu no último mês pode fragilizar a galinha dos ovos de ouro, que é o valor do ativo. O problema é a imagem que fica, e este mercado é demasiado emocional. Espero que esta fase passe rapidamente e que se consiga demostrar que não fragilizou [o setor]”.
Luís lima, que falava à margem da apresentação do SIL – Salão Imobiliário de Portugal 2014 – foi reeleito presidente do conselho estratégico –, adiantou que é preciso apostar ainda mais na captação de investimento estrangeiro, o qual considerou “crucial”. “É a alavanca, o motor [do crescimento do setor]. O que estamos a vender são ativos que estão cá”, frisou.
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