
São cerca de 700 os investidores em Portugal que já investiram nos três fundos da Sociedade de Investimento Imobiliário de origem francesa CORUM Investments – CORUM Origin, CORUM XL e CORUM Eurion – que detêm ativos imobiliários comerciais em todo o mundo. E investiram aproximadamente 74 milhões de euros. “Um dos objetivos que temos para 2025 é conseguirmos chegar pelo menos aos 100 milhões de euros, ou seja, mais 26 milhões durante este ano”, diz ao idealista/news Marcelo Capitão, Sales Director Portugal da CORUM Investments.
Segundo o responsável, que falava à margem da apresentação dos resultados da CORUM Investments em 2024 – o evento realizou-se nos escritórios da empresa em Lisboa esta terça-feira (28 de janeiro de 2024) –, só no ano passado há registo de 122 novos investidores em Portugal. Um número, ainda assim, inferior ao verificado em anos anteriores: 140 em 2023; 152 em 2022; 121 em 2021; 93 em 2020.
Marcelo Capitão revela, ainda, que 68% dos investidores nacionais investiram em média menos de 20.000 euros nos fundos sob gestão da CORUM Investments, havendo 12% a aplicar em média menos de 1.000 euros. Paralelamente, 11% dos investidores em Portugal investe em média mais de 100.000 euros.
Um ativo comprado em Portugal em 2024
A CORUM Investments aproveita a ocasião para anunciar a compra, no ano passado, de 19 imóveis comerciais em sete países, dos quais sete no quarto trimestre, por mais de 760 milhões de euros. Uma das aquisições, de resto, deu-se em Portugal, onde passa a deter 17 ativos.
Trata-se de uma transação de sale & leaseback que envolve uma grande empresa de retalho e que foi consumada por 17,5 milhões de euros. O nome do arrendatário não é revelado, mas sabe-se que se trata de um imóvel de 11.015 metros quadrados (m2) e que o inquilino tem um contrato de arrendamento de 25 anos, estimando-se uma rentabilidade de 7,5%.


Como ser investidor?
“Compramos imóveis em todo o mundo, arrendamo-los a empresas de diferentes setores e distribuímos as rendas pagas pelos arrendatários aos nossos investidores”, lê-se no site da empresa.
Na prática, uma pessoa investe – o valor mínimo é 195 euros – num dos fundos sob gestão da CORUM Investments e recolhe depois os dividendos a que tem direito, variando o valor dos mesmos em proporção com o montante investido.
Marcelo Capitão considera, nesse sentido, que é fundamental desmistificar o modelo de funcionamento deste tipo de negócio: “Por norma há uma grande resistência ao investimento em fundos de investimento imobiliário pela conotação negativa que tem a palavra fundos, mas se explicarmos o que fazemos é simples: comprar imobiliário comercial, arrendar a grandes empresas e com esse arrendamento pagar aos investidores”.
E explica que o que é dado aos investidores é tempo e diversificação. “Não têm de gerir inquilinos, de ter preocupações, de serem proprietários de um ativo. E investem em vários setores e em vários países [em qualquer imóvel que está na carteira de um dos três fundos]. Com montantes mais baixos, a partir de 195 euros, podem ter uma parte de um ativo comercial”, frisa.
De referir que o investidor só terá dividendos a partir do sexto mês de investimento. “Nos primeiros cinco meses não há lugar a pagamento de dividendos referente a vendas, mas se vendermos algum ativo dentro do fundo pagamos a todos os investidores através de dividendos extraordinários”, explica o Sales Director Portugal da CORUM Investments.
De acordo com Marcelo Capitão, os investidores em Portugal “continuam muito conservadores”, apesar de estarem “a arriscar mais, a olhar para outras alternativas”. “O que temos é de convencer os investidores a terem mais uma expectativa de investimento de longo prazo e não de curto prazo. E isso está relacionado com a baixa literacia financeira que existe”, remata.

CORUM Investments em números
- Em 2024, os fundos CORUM aproveitaram a conjuntura favorável aos compradores para adquirir 19 imóveis, um deles em Portugal;
- Em 2024, os fundos fizeram quatro vendas, gerando uma mais-valia total de quase 10 milhões de euros, que foi transferida para os investidores;
- No total, desde 2012, os fundos CORUM geraram uma criação de valor de 1,5 mil milhões de euros para os investidores (dividendos distribuídos a partir das rendas recebidas + mais-valias distribuídas + aumentos dos preços da ação);
- Os imóveis detidos pelos fundos CORUM encontram-se em 17 países europeus e no Canadá e são já mais de 200 imóveis (16 deles em Portugal);
- Os fundos CORUM contam com mais de 130 mil investidores em todo o mundo, dos quais cerca de 700 em Portugal;
- Os imóveis detidos pelos fundos Corum representam mais de 8 mil milhões de euros em ativos sob gestão;
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