
A III Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa (SRU), que se realiza de 4 a 10 de abril, será “um evento inclusivo, abrangente e aglutinador, que cada vez mais é ‘o’ momento do ano para falar de reabilitação urbana na cidade e refletir sobre como este movimento pode evoluir”. A garantia é dada ao idealista/news por Arturo Malingre, diretor do evento, que não tem dúvidas de que este tema “vai continuar a marcar a agenda”.
Segundo o responsável, a reabilitação urbana é um assunto que está e vai continuar a estar na ordem do dia, porque “não foi apenas uma atividade de escape para as empresas do setor durante o tempo de crise”. “É um setor estratégico e com planos de longo-prazo para muitas empresas do imobiliário, que têm já uma importante fatia da sua faturação neste segmento e que atuam em mercados muito diversos”, conta.
Para Arturo Malingre, “só nos últimos três a quatro anos é que a reabilitação urbana começou a ganhar escala”, nomeadamente fora de Lisboa e Porto: “Por isso, é crucial que se debata de forma persistente e regular o que são boas práticas, tendências, ideias criativas, projetos diferenciadores, soluções técnicas, soluções financeiras, etc., para um mercado que está em plena evolução e expansão. Por outro lado, e aqui também reside a importância da SRU, é importante reunir todos os stakeholders da reabilitação. Este é um momento de todos e para todos”.
"É crucial que se debata de forma persistente e regular o que são boas práticas, tendências, ideias criativas, projetos diferenciadores, soluções técnicas, soluções financeiras, etc., para um mercado que está em plena evolução e expansão"
Lisboa, e cada vez mais também o Porto, são cidades que estão na moda e que caíram nas graças dos investidores, que apostam forte na reabilitação de imóveis para futura rentabilização (residencial ou comercial). Mas até quando será assim? “Penso que não temos um prazo de validade. Muito se fez, mas muito ainda há por fazer”, responde o diretor da SRU.
“O grande alastramento deste movimento nas duas cidades é mais visível no casco histórico, e em cidades como Lisboa e Porto há muitas outras zonas que necessitam já de intervenções e onde a reabilitação urbana de edifícios e espaços pode aportar uma grande valorização para a cidade. O núcleo urbano das cidades é um tecido que atualmente se adapta muito mais à reabilitação do que à construção nova”, acrescenta.
Na edição deste ano da SRU, haverá duas grandes novidades, revela Arturo Malingre: “A apresentação de um importante instrumento público para a reabilitação, o Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado, e a hasta de imóveis do Estado, promovida pela Direção Geral do Tesouro e Finanças (DGTF)”, conta.
No que diz respeito às conferências/palestras, será em linha com a edição do ano passado. “Temos um ciclo central de conferências, no total de nove sessões, os passeios diários pela cidade ‘LisNova-LisVelha’, a gala de entrega do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana, oito workshops, dos quais cinco se realizam no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), e o atelier para crianças ArchiKidz, além de outros micro-eventos paralelos promovidos pelas empresas que se associam à SRU”, adianta o responsável.

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