
Até sexta-feira (dia 4), 11 empresas portuguesas ligadas sobretudo ao setor da construção vão promover-se e procurar oportunidades em Cuba, uma economia que se espera que ganhe dinamismo com o eventual fim do levantamento do embargo norte-americano.
As reuniões de negócios e contactos institucionais foram previamente agendados pelas entidades promotoras: a Associação Empresarial de Portugal (AEP) e a Câmara de Comércio Portugal-Cuba (CCPC), escreve o Diário Imobiliário.
“O facto desta missão chegar a Cuba 20 dias antes do presidente [dos EUA] Obama é reflexo de uma grande mudança, com repercussões profundas e a vários níveis, que pode proporcionar oportunidades interessantes às empresas portuguesas”, disse Paulo Nunes de Almeida, presidente da AEP, para quem esta missão tem pouco a ver com as duas anteriores, realizadas em 1996 e 1999. “A nossa opção foi chegar o mais cedo e o mais depressa possível, aproveitando para reforçar o relacionamento económico bilateral. No dia em que os EUA levantarem o embargo, cairá o último muro da guerra fria. E o livre comércio internacional, Portugal incluído, ganhará com isso”, referiu o responsável.
De acordo com a publicação, a balança comercial luso-cubana tem sido favorável a Portugal. No final do ano passado, a taxa de cobertura entre exportações e importações superava os 171%, com Portugal a vender para a maior e economicamente mais forte ilha das Caraíbas 45,9 milhões de euros. As importações ficaram-se pelos 26,8 milhões de euros.
Dados da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) concluem que, entre 2014 e 2015, as vendas portuguesas a Cuba aumentaram 36,8%. As importações ainda cresceram mais: 72%.
De referir que esta missão a Cuba é uma das cerca 40 ações previstas no programa de internacionalização da AEP para este ano, o “Business on the way” 2016, que abrange 27 mercados diferentes e é cofinanciado pelo Compete 2020 no âmbito do Portugal 2020.
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