
O Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) prevê que haja a transferência de património imobiliário da Segurança Social (SS) na ordem dos 98,7 milhões de euros para o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) e para a Estamo, a gestora imobiliária do Estado. Mas esta transferência tem impactos no balanço do fundo da SS no mesmo valor. Por isso mesmo, o Tribunal de Contas (TdC) quer garantir que todos os rendimentos gerados pelo imobiliário retornam à SS.
O relatório e contas do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS) indicou que, no final de 2023, o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) detinha 98,7 milhões de euros em património imobiliário, escreve o Expresso. Mas o OE2025, que já obteve luz verde na generalidade, prevê que haja a transferência destes imóveis da SS para o IHRU e para a Estamo, o que “implicará uma perda imediata no balanço do fundo que garante a viabilidade do sistema previdencial”, escreve o Expresso.
O que o OE2025 também prevê é que as verbas da rentabilização deste património (seja habitacional seja comercial) revertam para o fundo da Segurança Social. Neste sentido, Ana Furtado, a juíza conselheira do Tribunal de Contas, alerta que esta transferência de imóveis “introduz uma necessidade de controlo adicional para garantir que a nova gestão maximize a rentabilização do património e que os rendimentos sejam efetivamente transferidos para a SS”. Na sua visão, “esta é assim uma matéria que vai requerer uma particular atenção do Tribunal”, cita o mesmo jornal.
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