
O mercado imobiliário tem revelado um “grande dinamismo” no país para dar resposta à falta de casas e à crescente procura por imóveis, sobretudo, para comprar. Esta é a conclusão da análise mais recente da Informa D&B, a qual revela que as atividades imobiliárias e a construção voltaram a ser dos setores de atividade que registaram maior crescimento de novas empresas.
O tecido empresarial em Portugal cresceu desde o início do ano até ao final de agosto, tendo sido criadas 32.999 novas empresas, mais 1,3% face ao mesmo período do ano anterior (+461 constituições), começa por referir o comunicado enviado às redações.
“Mais de metade dos setores de atividade registam crescimento neste indicador”, concluem. Foram mesmo as atividades imobiliárias e a construção que se destacaram na criação de novas empresas nos primeiros oito meses do ano:
- Imobiliário: foram criadas um total de 4.314 empresas até agosto, mais 21% face ao período homólogo (+749 constituições);
- Construção: há 4.683 novas empresas, revelando um crescimento anual de 11,1% (+469 constituições).
“Uma análise mais detalhada mostra como o mercado imobiliário está com grande dinamismo em quase todo o país”, concluem desde a Informa D&B. Nos setores com as maiores subidas – Construção e Atividades imobiliárias – o crescimento é mais expressivo na atividade da ‘construção de edifícios residenciais e não residenciais’, que cresceu 13%, atingindo as 3.054 novas empresas. Em destaque está ainda a atividade de ‘compra e venda de bens imobiliários’, que cresceu 22%, atingindo as 2.562 novas empresas desde o início do ano.
Entre os setores que recuam na criação de empresas face ao ano passado destacam-se os Transportes (-23%) e o setor do Retalho (-10%), sobretudo o alimentar e o automóvel.
Menos empresas do imobiliário a construção a fechar
Até final de agosto, encerraram 6.687 empresas em todo o país, mostrando uma descida de 23,4% face ao período homólogo. Entre os setores de atividade que registaram descidas no fecho de empresas está o imobiliário (-21,3%) e a construção (-22,5%).
Também houve menos empresas a iniciar o processo de insolvência entre janeiro e agosto deste ano: foram registados 1.310 casos, o que corresponde a uma descida de 7,3% (-103 insolvências) face ao período homólogo. “Esta descida, que ocorreu na maioria dos meses do ano, verifica-se após dois anos de aumentos consecutivos deste indicador”, explicam.
A descida dos processos de insolvência ocorreu em metade dos setores de atividade. Entre eles está novamente o imobiliário (-27,3%) e a construção (-6,5%). Mas esta queda foi “especialmente concentrada” no setor das Indústrias (-22%;), nomeadamente na Indústrias de têxtil e moda (-43%), que nos últimos dois anos tinha registado aumentos sucessivos.
Entre os setores com crescimento nas insolvências, destacam-se os Serviços empresariais (+9,9%; 27 insolvências) e os Transportes (+7,0%; +20 insolvências).
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