No Porto o cenário é diferente: a absorção de escritórios aumentou 28% face aos primeiros dez meses do ano passado.
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Mercado de escritórios de Lisboa a recuperar, mas ocupação anual recua 29% face a 2019
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O mercado de escritórios de Lisboa está a sentir os efeitos da crise pandémica, tendo sido ocupados nos dez primeiros meses do ano 114.027 metros quadrados (m2), num total de 76 operações e uma área média de 1.500 m2. Uma taxa de absorção 29% abaixo da verificada no mesmo período do ano passado. Em outubro, no entanto, registou-se uma evolução mensal positiva, com um ‘take-up’ de 11.986 m2 – foram concluídas cinco operações, das quais três com áreas superiores a 2.000 m2. 

Segundo o mais recente Office Flashpoint, da consultora JLL, entre janeiro e outubro deste ano, a zona do Corredor Oeste domina a procura (28% do take-up), seguida pelas zonas do Prime CBD e do Parque das Nações, ambas com quotas de 20%. As empresas de “Serviços Financeiros” e de “TMT’s & Utilites” são as mais dinâmicas, com um ‘take-up’ anual de 31% e 29%, respetivamente.

Mariana Rosa, Head of Office/Logistics Agency & Transaction Management da JLL Portugal, comenta, em comunicado, que “depois de um mês de setembro que trouxe de volta uma boa parte das pessoas para o espaço físico do escritório, havia bastante curiosidade sobre o desempenho do mês de outubro, na expetativa de que este regresso ao escritório pudesse ter influenciado novas decisões por parte das empresas”. 

“Lisboa registou uma recuperação mensal muito expressiva, apoiada em operações de grande dimensão e a maioria das quais resultantes de decisões de expansão. Resta agora ver se a tendência se confirma nos dois restantes meses do ano”, acrescenta.

Mercado no Porto resiste à pandemia

Relativamente ao mercado de escritórios do Porto, somou em outubro um ‘take-up’ de 2.938 m2, com três operações, das quais uma com área superior a 2.000 m2, adianta a JLL. 

De acordo com a consultora, em termos acumulados, “2020 continua a ser um ano com balanço positivo para o mercado” da Invicta, já que até outubro as empresas ocuparam 41.033 m2, mais 28% que nos primeiros dez meses do ano passado. No período em causa contabilizaram-se 37 operações com uma área média de 1.109 m2, sendo a zona “CBD Boavista” o principal destino das empresas, concentrando 35% do ‘take-up’ anual. 

As empresas de “TMT’s & Utilities” foram as mais dinâmicas, com 24% da absorção anual, seguida pelas empresas de “Outros Serviços” e de “Serviços a Empresas”, ambas com quotas de 21%, conclui o estudo.

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