
os peritos avaliadores do distrito da guarda também suspenderam a avaliação de casas - para efeitos de actualização do imposto municipal de imóveis (imi) – que estavam a realizar, à semelhança do que aconteceu em coimbra, setúbal e leiria. os profissionais dizem que a “paragem é unânime” e que surge porque as remunerações fixadas pelas finanças para o efeito “são humilhantes” e “não compatíveis com o esforço que é necessário para desenvolver o trabalho com competência, seriedade e responsabilidade”
de acordo com a agência financeira (af), que cita declarações do grupo de peritos avaliadores da guarda à agência lusa, a unidade de remuneração “não pode ser inferior à que se recebe nas avaliações normais, dado que esta já foi reduzida há pouco tempo e dado o trabalho envolvido na sua execução”
sublinhe-se que o valor fixado pelas finanças para pagar aos avaliadores externos varia entre os 91 cêntimos e os 5,5 euros por avaliação. um montante, de resto, que já mereceu criticas por parte de duas associações de avaliadores de imóveis. o presidente da associação portuguesa dos avaliadores de engenharia (apae), aníbal freitas lopes, lembrou que é um “direito e dever do estado remunerar um serviço que está a ser feito”, mas a ser pago ao “preço de uma chávena de café”. o responsável frisou que os “avaliadores estão conscientes do sacrifício” que estão a fazer os funcionários públicos, mas que “deduzir 14% não é o mesmo que 63%”
o ministério das finanças, por seu turno, adiantou na terça-feira (dia 13) que o processo de avaliação fiscal de imóveis decorre “como o previsto”. recorde-se que o governo comprometeu-se a avaliar até ao final do ano mais de cinco milhões de imóveis, na sequência da assinatura do memorando de entendimento com a “troika”
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