
cavaco silva reclamou um acordo entre psd, ps e cds-pp, os partidos que assinaram o memorando de entendimento com a troika, de forma a alcançar um acordo de “salvação nacional”. nas reacções ao discurso do presidente da república, os três partidos mostraram-se, desde já, algo distantes. o ps disse estar disponível para dialogar, mas adiantou que só apoiará o governo se houver eleições antecipadas. já os partidos da maioria parlamentar prometeram analisar o conteúdo da proposta de cavaco silva
“o ps não apoiará nem fará parte de um governo sem que os portugueses manifestem a sua vontade através de eleições”, começou por dizer alberto martins, adiantando que os socialistas escutaram “atentamente” a declaração do chefe de governo e, “tal como lhe compete, aguardará as iniciativas” de cavaco silva. “o ps não rejeita nenhum diálogo, em particular quando está em jogo o interesse nacional e o futuro dos portugueses", afirmou o membro do secretariado nacional do ps
já luís montenegro, líder parlamentar do psd, adiantou que os sociais-democratas ouviram o apelo do presidente da república e que vão analisar "o conteúdo" da proposta de cavaco silva para depois tomarem uma decisão. “foi exactamente por termos uma posição idêntica à do presidente da república sobre esse cenário que o psd e o primeiro-ministro se empenharam em construir uma solução que assegurasse a estabilidade e coesão do governo e do respectivo apoio parlamentar”, frisou, lembrando as palavras de cavaco “relativamente ao facto” de se ter “um governo em plenitude de funções”
o cds-pp, através do líder parlamentar nuno magalhães, transmitiu que o partido também vai analisar a iniciativa política de cavaco silva, reunindo “o seu órgão competente”, tendo toda a disponibilidade para participar no referido “esforço de compromisso”
pcp e be criticam discurso de cavaco silva
o pcp, por intermédio de jerónimo de sousa, considera que a comunicação ao país de cavaco silva deu “aval à política e ao caminho de desastre” que se tem desenrolado. para o dirigente dos comunistas, o presidente da república está a seguir a “linha de chantagem e pressão”, já que faça constantemente dos compromissos externos e “nunca” da vida dos portugueses. “[o objectivo é ganhar tempo para prosseguir a política que está reflectida na proposta do orçamento de estado, fazendo até chantagem”, frisou
para o be, o presidente da república não apresentou “nenhuma solução política”. “o quadro negro traçado por cavaco silva perante o cenário possível da convocação de eleições antecipadas revela fragilidade das suas convicções democráticas, porque não há melhor para resolver uma crise política que ouvir os portugueses”, disse joão semedo, coordenador do partido
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