Comentários: 1
Lei das rendas: dinamização do mercado aquém das expectativas

A Associação de Inquilinos Lisbonenses (AIL) não teve um único caso de despejo para acompanhar entre as mais de 40 mil pessoas que, num ano, recorreram à instituição para apoio no enquadramento perante a nova lei das rendas, que entrou em vigor em novembro de 2012. Ainda assim, e apesar dessa realidade, o balanço é negativo. “Muitas famílias estão a fazer um esforço sobrenatural para pagarem rendas que passaram de 50 para 250 euros, tendo um rendimento relativamente baixo”, disse Romão Lavadinho, presidente da AIL.

Menezes Leitão, presidente da Associação Lisbonense de Proprietários (ALP), a lei foi “uma mudança positiva, apesar de alguns aspetos negativos”, sendo que “permitiu tirar muitas rendas de um valor simbólico insustentável”. O responsável adiantou, citado pelo Expresso, que cerca de 100 mil senhorios já iniciaram o processo de atualização dos valores das rendas antigas (anteriores a 1990) com base na nova Lei do Arrendamento Urbano.  

Quando questionados sobre o Banco Nacional de Arrendamento (BNA), ambos os dirigentes concordam que o mesmo é ineficaz. “É uma vigarice. Andaram os proprietários a queixar-se que queriam pôr as pessoas na rua e não o conseguiam, que era um problema gravíssimo, perdiam milhões todos os meses... Afinal, as ações para despejos no balcão são uma ínfima percentagem do total de cerca de 770 mil contratos de arrendamento existentes”, referiu Romão Lavadinho.

Menezes Leitão vai mais longe nas críticas e considera que o BNA é inútil. “Sempre nos pareceu que seria apenas uma estrutura burocrática a partir do momento em que basta que o inquilino se oponha para que o processo tenha de ir para tribunal. Para isso, porque não ir para tribunal logo desde o início?”, questionou o presidente da ALP.  

Sublinhe-se que o BNA, que começou a funcionar há um ano, registava, em meados de novembro, apenas cerca de 2.800 pedidos de despejo. Metade não tiveram provimento, sobretudo por falta de notificação aos inquilinos.

Ver comentários (1) / Comentar

1 Comentários:

10 Janeiro 2014, 14:25

O esforço "sobrenatural" referido pela associação de inquilinos,é no mínimo faciosa.E então que é feito dos proprietários,que recebem rendas de 50€ por mês e por isso espoliados durante 50 anos, ditas aumentadas para 250€,mas que n/ constituem ainda de forma alguma ,uma renda de mercado.Os proprietários,para alem de serem cidadãos portugueses como os inquilinos,tambem como eles,teem famílias para alimentar,pelo menos duas vezes por dia,vestem-se e calçam-se como os inquilinos e,pagam regularmente os impostos dos seus prédios,que aumentam a olhos vistos de ano para ano,rteem que fazer conservação imposta por lai e tudo o mais.Enquanto houver gente faciosa neste País,tendenciosa,mesmo a dar notíc ias,isto não vai a lado nenhum e,vai dar mau resultado,não tardará nuito tempo.Se os proprietários teem obrigações,os inquilinos tambem teem que as ter,mas isto ninguem refere.É um regime tendencioso/facioso,em que só tem voz,quem é maioritario,para que,c/ os seus votos sustentem este regime,que por sua vez,tem que pagar a factura que a maioria constantemente lhe apresenta a pagamento

Para poder comentar deves entrar na tua conta