
Os partidos da oposição recusaram o apelo de Paulo Portas para que apresentassem os seus contributos à revisão do programa de vistos gold, deixando o více-primeiro-ministro isolado nessa tarefa. O PS, na carta que enviou a Portas, refere que cabe ao Governo a “pilotagem” do programa e não ao Parlamento. Ferro Rodrigues, líder parlamentar do PS, considera que só em sede legislativa é que o partido daria contributos. O responsável sugeriu que Portas passe a usar os fundos do programa de captação de investimento para capitalizar empresas.
A utilização dos vistos gold – também conhecidos como vistos dourados ou golden visa – apenas com o objetivo de dinamizar o imobiliário foi uma das principais críticas feita ao programa e ao Governo quando rebentou o escândalo de corrupção em torno da atribuição dos mesmo, que envolve altas figuras do Estado. Nessa altura, Portas foi ao Parlamento e admitiu “aperfeiçoar” o programa, pedindo os contributos do PS, PCP e BE.
Segundo o Diário Económico, que cita fonte do gabinete do vice-primeiro-ministro, o número dois do Governo está a ultimar as propostas para apresentá-las em breve ao Parlamento. A data de uma nova audição pode ficar marcada já esta semana, já que o requerimento do PSD e CDS para que Portas regresse ao Parlamento, para falar das alterações ao programa dos vistos gold, foi votado ontem na comissão parlamentar de Economia.
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