A Justiça brasileira arrestou, a pedido do Ministério Público (MP) português, 416 imóveis ao Grupo Espírito Santo (GES) no Brasil. O arresto foi revelado num acórdão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) do Brasil, que aponta Ricardo Salgado, ex-líder do BES e do GES, e José Manuel Espírito Santo, ex-administrador do BES, como principais suspeitos.
Em causa está, segundo o Correio da Manhã, um acórdão do STJ do Brasil que está ligado a um recurso apresentado pela Property Brasil, antiga Espírito Santo Property Brasil, no qual a empresa pediu o levantamento do arresto dos imóveis. “Há justo receio de delapidação patrimonial, como forma de [o GES] evitar as responsabilidades perseguidas pela Justiça portuguesa”, consideraram as autoridades brasileiras.
Mais adianta o acórdão que “o arcabouço probatório reunido até ao momento, e remetido pelo Estado requerente [Portugal] traz indícios suficientes de prática de delitos, imputando aos investigados fatos que são previstos aqui [Brasil] e lá [Portugal] como crimes”.
O documento, de acordo com a publicação, diz ainda que “todos os factos investigados em Portugal" estão a ser "atribuídos a Ricardo Espírito Santo Silva Salgado e a José Manuel Pinheiro Espírito Santo, entre outros, em decorrência da fraude praticada por meio das subsidiárias e holdings do GES, notadamente a Rioforte Investments”.
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