Governo recomendado a reforçar os incentivos à melhoria da eficiência energética das habitações e ao combate à pobreza energética.
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Casas mais eficientes e sustentáveis
Imagem de StockSnap por Pixabay

A maioria dos portugueses (88%) considera a sua casa desconfortável termicamente, sendo este um assunto que tem estado na ordem do dia no país. Um tema que também não está a passar ao lado do poder político, tendo a Assembleia da República (AR) recomendado ao Governo que reforce os incentivos à melhoria da eficiência energética das habitações e ao combate à pobreza energética. Em causa está a Resolução da Assembleia da República n.º 247/2021, publicada esta quinta-feira (19 de agosto de 2021) em Diário da República.

Segundo se pode ler na Resolução da Assembleia da República n.º 247/2021, que foi aprovada no Parlamento no dia 25 de março deste ano, a AR resolve, nos termos do n.º 5 do artigo 166.º da Constituição, recomendar ao Executivo Governo que “reforce o financiamento do Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis, por forma a que Portugal prossiga a trajetória de melhoria da eficiência energética do seu parque habitacional”. 

Noutro ponto da nota, assinada por Eduardo Ferro Rodrigues, presidente da AR, lê-se que, no âmbito do Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis, ou de outros mecanismos de apoio, o Executivo “discrimine positivamente as famílias mais carenciadas, nomeadamente as que usufruem da tarifa social de eletricidade e gás, privilegiando os beneficiários do complemento solidário para idosos (CSI) e da pensão social de invalidez, através da comparticipação a 100 % das intervenções elegíveis, tendo em vista a promoção da coesão social e o combate à pobreza energética”. 

Casas mais eficientes e sustentáveis
Foto de João Jesus no Pexels

A AR aconselha ainda o Governo a prever “a modalidade de pagamento a título de adiantamento de parte da despesa aos promotores de candidaturas de beneficiários da tarifa social de eletricidade e gás, designadamente os beneficiários do CSI e da pensão social de invalidez, tendo em consideração que o pagamento parcial a título de adiantamento, modalidade adotada em outros apoios, como os comunitários, assume uma importância acrescida para as famílias mais desfavorecidas, pois são grupos com menores recursos e, por conseguinte, com maiores dificuldades para avançar com meios próprios na realização de intervenções nas suas habitações”. 

Aumentar a informação sobre os incentivos existentes

No terceiro ponto da Resolução da Assembleia da República n.º 247/2021, a AR recomenda o Governo a capacitar “entidades de natureza institucional de âmbito regional e/ou local para informarem sobre os incentivos existentes, nomeadamente, no âmbito do Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis, em especial as famílias mais carenciadas e os idosos, apoiando na apresentação de candidaturas e no acompanhamento da execução das mesmas”.

Por fim, a AR pretende que o Executivo crie “um mecanismo de avaliação do Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis que permita informar de forma objetiva e transparente sobre os seus impactos, nomeadamente no que respeita aos apoios concedidos, ao total de famílias abrangidas, aos ganhos ambientais alcançados, incluindo no combate à pobreza energética, ao efeito multiplicador na economia nacional e ao seu contributo na prossecução das metas definidas a nível nacional e europeu em matéria de eficiência energética”.

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