
Desde 31 de agosto de 2021 que as famílias se podem candidatar a um vale de 1.300 euros para fazer obras no interior ou na zona envolvente da sua casa, ao abrigo do programa “Vale Eficiência”, que visa combater a pobreza energética e melhorar o conforto térmico das habitações. A verdade é que os vales estão a ser utilizados a um ritmo muito lento. E sabe-se agora que as empresas que se recusarem a trocar janelas ou portas energeticamente eficientes, a revestir paredes ou a instalar painéis fotovoltaicos no âmbito da iniciativa podem ser afastadas do programa.
Segundo o ECO, que cita fonte oficial do Ministério do Ambiente, só 11% dos vales atribuídos foram efetivamente utilizados, sendo a fraca adesão justificada pela relutância de alguma empresas em prestar serviços pagos por estes vales. Uma situação que a tutela diz estar a acompanhar.
Até à data, foram submetidas 14.463 candidaturas, segundo dados do Fundo Ambiental que estão em constante atualização, sendo que mais de 8.523 candidaturas foram consideradas elegíveis e 3.271 foram rejeitadas. De acordo com a publicação, após a confirmação de que foi atribuído um vale (já o foram 8.099) é necessário que os beneficiários se candidatem a medidas específicas. E os números são esclarecedores: nesta primeira fase do programa, que tem uma dotação de 162 milhões de euros, ainda só foram submetidas 1.185 candidaturas, das quais 993 foram consideradas elegíveis e estão já pagas ou em pagamento (959), o que corresponde a 11,8% dos vales atribuídos.
O Governo, recorde-se, decidiu prolongar por 2022 as candidaturas a esta primeira fase do programa, até que a meta seja alcançada, ou seja, até que se esgote a verba prevista de 31,98 milhões de euros.
Citada pela publicação, fonte oficial do Ministério do Ambiente salientou que “a adesão ao programa tem registado um arranque mais baixo que o esperado”, estando “a sua execução em constante acompanhamento e avaliação”.
“Que decorra nos moldes em que foi aprovado e com enfoque em três áreas: simplificar o procedimento; reforçar a comunicação do programa e reforçar as parcerias para dotar o programa de maior apoio às famílias. A ideia é criar canais de proximidade com os possíveis beneficiários, para que possam usufruir do apoio disponibilizado de forma célere e ágil”, explicou a mesma fonte.
Para poder comentar deves entrar na tua conta