
A Câmara Municipal do Porto (CMP) anunciou há alguns anos – em julho de 2016 – que ia avançar com um projeto de reabilitação de casas no centro histórico da cidade, destinadas a habitação social. São, ao todo, 17 edifícios e a reabilitação, com um custo previsto de 4,1 milhões de euros, deveria estar pronta até ao fim de 2018. As obras derraparam, nomeadamente por problemas detetados na fase de vistoria, e sabe-se agora que as casas, que ainda estão por habitar, vão ser colocadas no mercado de arrendamento acessível.
Segundo o Público, que cita o arquiteto responsável pelo projeto, a empreitada dos prédios da Rua de Trás ficou concluída em 2019, continuando, no entanto, os edifícios por habitar. Uma visão que não é partilhada pela autarquia. “A obra não está pronta. Terminou, mas em fase de vistoria, obrigatória em qualquer obra, verificaram-se erros de construção que tinham de ser corrigidos”, disse Pedro Baganha, vereador com os pelouros da habitação e urbanismo.
“O empreiteiro entrou num processo de contencioso com a câmara e isto arrastou-se até que a câmara ameaçou executar as garantias bancárias para corrigir ela própria os defeitos de construção encontrados”, justifica, citado pela publicação.
De acordo com o vereador, estão atualmente “a terminar as correções necessárias para que a obra seja finalmente entregue à câmara”, havendo a expectativa, por parte da autarquia, que tal possa acontecer ainda “este ano”.
O gabinete de comunicação da CMP assegura que dos 17 edifícios reabilitados pela empresa municipal Domus Social, com um total de 56 habitações, só dois [os da Rua de Trás] não estão habitados.
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