Coimbra lidera a subida dos preços das casas para comprar (4,8%) em outubro face a setembro, mostra estudo do idealista.
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Casas para comprar em Portugal
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A inflação em Portugal atingiu os 10,2% em outubro e sente-se, sobretudo, nos preços da energia e dos alimentos, mas está a contagiar toda a economia, levando também à subida das taxas de juro e ao encarecimento do crédito habitação. E o mercado residencial em Portugal não escapa ileso a todo este efeito da crise internacional gerada pela Guerra da Ucrânia. Os dados mais recentes do idealista vêm confirmar a realidade de elevado custo da habitação, agudizado por uma alta procura face à baixa oferta e pelo prémio extra pago pelos compradores estrangeiros em relação aos nacionais. Em concreto, os preços das casas para comprar em Portugal subiram 1,1% em outubro face ao mês anterior e este é um cenário visível em quase todo o território português, já que as casas ficaram mais caras em 17 capitais de distrito neste período.

Comprar casa tinha um custo de 2.414 euros por metro quadrado (euros/m2) no final do mês de outubro deste ano, tendo em conta o valor mediano, mostra o índice de preços do idealista. Este valor reflete um aumento de 1,1% em relação ao setembro. Já tendo em conta a variação trimestral e anual, os preços das casas para comprar em Portugal subiram 1,3% e 5,1%, respetivamente.

Preço das casas sobem em 17 capitais de distrito: quais são?

Contam-se 17 capitais de distrito que viram os preços das casas para comprar encarecer entre outubro e setembro deste ano. E foi em Coimbra onde as habitações ficaram mais caras neste período (4,8%), seguida de Santarém (4,1%) e Beja (3,9%).

A completar a lista das cidades onde se registou um aumento do preço das casas à venda está a Guarda (3,0%), Ponta Delgada (2,7%), Setúbal (2,6%), Faro (2,1%), Lisboa (1,6%), Leiria (1,6%), Portalegre (1,3%), Porto (1,3%), Évora (1,2%), Funchal (1,2%), Viseu (1,1%), Castelo Branco (1,1%), Aveiro (1,0%) e Bragança (0,3%).

Houve duas capitais de distrito onde os preços das casas para comprar se mantiveram estáveis em outubro: Braga e Viana do Castelo. E houve apenas uma cidade onde as casas à venda ficaram mais baratas: em Vila Real os preços caíram ligeiramente, -0,2%,

Lisboa continua a ser a cidade onde é mais caro comprar casa, custando 5.084 euros/m2. Porto (3.173 euros/m2) e Funchal (2.583 euros/m2) ocupam o segundo e terceiro lugares desta lista, respetivamente. Seguem-se Faro (2.546 euros/m2), Aveiro (2.448 euros/m2), Setúbal (2.145 euros/m2), Évora (1.957 euros/m2), Coimbra (1.736 euros/m2), Ponta Delgada (1.594 euros/m2), Braga (1.524 euros/m2), Viana do Castelo (1.390 euros/m2) e Leiria (1.323 euros/m2).

Já as cidades mais económicas para comprar habitação são Portalegre (660 euros/m2), Castelo Branco (798 euros/m2), Bragança (810 euros/m2), Guarda (818 euros/m2), Beja (919 euros/m2), Santarém (984 euros/m2), Vila Real (1.087 euros/m2) e Viseu (1.291 euros/m2), mostra o mesmo estudo.

Em que distritos e ilhas comprar casa está mais caro?

Analisando os dados por distritos e ilhas, salta à vista que as casas ficaram mais caras em 18 territórios dos 25 em estudo. As maiores subidas de preços das casas para comprar tiveram lugar na ilha do Faial (7,3%), Beja (4,6%) e ilha de Porto Santo (4,4%). Seguem-se Évora (3,8%), Coimbra (3,4%), Bragança (3,0%), Faro (2,8%), ilha de São Miguel (2,1%), Setúbal (2%), Viseu (1,3%), Santarém (1%), Portalegre (0,8%), Leiria (0,6%), ilha da Madeira (0,5%), Lisboa (0,4%), ilha de Santa Maria (0,4%) e Aveiro (0,3%).

De notar ainda que os preços das habitações à venda mantiveram-se estáveis nos distritos de Viana do Castelo e Porto durante o mês de outubro. Por outro lado, as casas para comprar ficaram mais baratas na ilha de São Jorge (-15,8%), ilha Terceira (-1,2%), Vila Real (-1%), Castelo Branco (-0,5%), Braga (-0,4%) e Guarda (-0,2%).

O ranking dos distritos mais caros para comprar casa é liderado por Lisboa (3.812 euros/m2), seguido por Faro (2.981 euros/m2), Porto (2.382 euros/m2), ilha da Madeira (2.312 euros/m2), Setúbal (2.272 euros/m2), Aveiro (1.629 euros/m2), ilha de Porto Santo (1.607 euros/m2), Braga (1.405 euros/m2), Leiria (1.397 euros/m2), ilha de São Miguel (1.378 euros/m2), Coimbra (1.268 euros/m2), Viana do Castelo (1.179 euros/m2), Évora (1.163 euros/m2), ilha de Santa Maria (1.156 euros/m2), ilha do Faial (1.093 euros/m2), ilha Terceira (1.005 euros/m2) e ilha de São Jorge (988 euros/m2).

E os preços das casas à venda mais económicos encontram-se em Portalegre (641 euros/m2), Guarda (664 euros/m2), Castelo Branco (720 euros/m2), Bragança (844 euros/m2), Beja (921 euros/m2), Vila Real (934 euros/m2), Viseu (938 euros/m2) e Santarém (980 euros/m2).

Casas estão mais caras em quase todas as regiões do país

Durante o mês de outubro, os preços das casas à venda subiram em todas as regiões do país menos no Norte, onde os preços se mantiveram estáveis. A liderar as subidas dos preços das habitações, encontra-se o Alentejo (6,4%) e o Algarve (2,8%). Segue-se a Região Autónoma dos Açores (1,5%), o Centro (1,4%), a Região Autónoma da Madeira (0,6%) e a Área Metropolitana de Lisboa (0,5%).

A Área Metropolitana de Lisboa, com 3.447 euros/m2, continua a ser a região mais cara para adquirir habitação, seguida pelo Algarve (2.981 euros/m2), Região Autónoma da Madeira (2.296 euros/m2) e Norte (2.003 euros/m2). Do lado oposto da tabela encontram-se a Região Autónoma dos Açores (1.239 euros/m2), o Centro (1.307 euros/m2) e o Alentejo (1.358 euros/m2) que são as regiões mais baratas para comprar casa.

Preço das casas para comprar
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Índice de preços imobiliários do idealista

Para a realização do índice de preços imobiliários do idealista, são analisados ​​os preços de oferta (com base nos metros quadrados construídos) publicados pelos anunciantes do idealista. São eliminados da estatística anúncios atípicos e com preços fora de mercado.

Incluímos ainda a tipologia “moradias unifamiliares” e descartamos todos os anúncios que se encontram na nossa base de dados e que estão há algum tempo sem qualquer tipo de interação pelos utilizadores. O resultado final é obtido através da mediana de todos os anúncios válidos de cada mercado.

No presente estudo, a ilha do Pico não foi contabilizada por a amostra não ser representativa.

O relatório completo encontra-se em: https://www.idealista.pt/media/relatorios-preco-habitacao/venda/

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