Em causa está uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) apresentada pelo PS.
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Lusa

O PS propõe que as autarquias possam agravar o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) até 100% no caso de imóveis que estejam a ser usados para o alojamento local. Em causa está a alteração ao Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) apresentada pelo Grupo Parlamentar do PS.

Na conferência de imprensa, a vice-presidente da bancada socialista Jamila Madeira adiantou que o PS procura “diferenciar os imóveis utilizados exclusivamente para habitação e aqueles utilizados para a prossecução da atividade económica”. “Isto é importante tendo em conta a realidade do alojamento do local, das carências que estão sinalizadas ao nível da habitação em muitos dos centros urbanos”, sustentou a dirigente socialista.

AL tem colocado entraves à habitação, diz PS

No comunicado divulgado pelo Grupo Parlamentar do PS, defende-se a este propósito que “a afetação de ativos imobiliários ao alojamento local em zonas de pressão turística tem colocado entraves à disponibilização de habitação para venda ou arrendamento, o que tem levado em certos casos à descaracterização e despovoamento de importantes núcleos urbanos”.

Pouco depois, o deputado socialista Miguel Cabrita frisou que as câmaras municipais, de acordo com a respetiva realidade local, “terão mais instrumentos para agravar a taxação em sede de IMI de imóveis não disponíveis para o mercado habitacional dentro das zonas de pressão urbanística”.

“As câmaras municipais vão poder agravar até 100% o IMI para imóveis de alojamento local, até 50% no IMI em relação a imóveis detidos por fundos imobiliários e empresas que não se encontrem disponíveis no mercado de arrendamento e 25% face a habitações próprias que não estejam ocupadas e se encontrem indisponíveis para o arrendamento”, especificou o ex-secretário de Estado.

Ainda de acordo com o ex-secretário de Estado do Emprego, em matéria de zonas pressão urbanística, “vai ser possível que imóveis sejam declarados vagos ou devolutos ao fim de um ano e não de dois anos”. "Queremos atacar este problema, estimular o arrendamento e a ocupação de fogos que se encontram vazios”, salientou.

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