
Num mundo em constante mudança, torna-se cada vez mais importante adaptar as cidades, casas e edifícios às novas necessidades, em equilíbrio com a natureza e a inovação. Foi com este propósito que nasceu a Emerge - Mota-Engil Real Estate Developers, a portuguesa “solution provider” que já tem vários projetos residenciais em desenvolvimento de norte a sul do país.
Em entrevista ao idealista/news, Luís de Sousa, chief purpose officer da Emerge, afirma que a empresa está a adaptar-se ao novo contexto marcado pela alta inflação e subida de juros, admitindo, contudo, que a pressão sobre os preços das casas existe. Mas garante que “apesar do crescente aumento dos preços, optamos por não abdicar do cumprimento dos critérios ESG (valores de sustentabilidade) com o objetivo comum de reduzir a pegada carbónica dos nossos projetos”.
Os novos desafios ao mercado imobiliário estão aí e a Emerge - Mota-Engil Real Estate Developers afirma estar pronta para lidar com eles, sem abdicar de promover “soluções imobiliárias inovadoras e sustentáveis”. Um destes desafios é a alta inflação, que tem agravado os preços dos materiais de construção, à qual se somam ainda a falta de mão de obra especializada, a subida a pique dos juros e, agora, a recente crise financeira dos EUA, que ameaça a Europa e cria um clima de desconfiança generalizado. “Enquanto promotores temos tentado antecipar as contratações de empreitadas com o objetivo de assegurar preços, mas o custo do investimento continua a pressionar o valor final”, admite Luís Sousa em entrevista.
"Queremos contribuir de forma incisiva para transição energética e para um uso eficiente de todos os recursos naturais envolvidos na nossa atividade"
Embora sinta os preços finais das casas a serem pressionados, a Emerge garante não abdicar dos critérios sustentáveis, sociais e de governança corporativa (ESG, na sigla inglesa). “Apesar do crescente aumento dos preços, optamos por não abdicar do cumprimento dos critérios ESG com o objetivo comum de reduzir a pegada carbónica dos nossos projetos”, assegura o chief purpose officer da Emerge, sublinhando ainda que a empresa quer “contribuir de forma incisiva para transição energética e para um uso eficiente de todos os recursos naturais envolvidos na nossa atividade”.
Mesmo perante os desafios atuais que tocam o mercado imobiliário, a Emerge - Mota-Engil Real Estate Developers - alicerçada no grupo Mota-Engil, que conta com 76 anos de experiência - continua com o seu plano estratégico, divulgado em julho de 2022, que passa pela construção de novos projetos residenciais (e não só) em cinco anos, investindo mais de 400 milhões de euros.
Para já, Luís de Sousa adianta que a Emerge tem cinco projetos em comercialização - como é o caso do Aurios, que coloca 48 casas no Porto –, os quais deverão estar concluídos no último trimestre de 2024. E revela ainda que a empresa quer “colocar produto para venda e arrendamento no mercado entre os anos 2024 e 2026”, estando "muito atentos os novos modos de habitar".

O que explica a vossa aposta no mercado residencial? Como avaliam o mercado e que prognósticos fazem para este ano em termos de oferta e comportamento de preços, tendo em conta o contexto de alta inflação e subida de juros?
A Emerge – Mota-Engil Real Estate Developers está a desenvolver projetos de diversos usos. Aliás, a empresa assume-se como um 'solution provider' capaz de responder às amplas necessidades dos seus clientes.
O mercado imobiliário residencial continua a ser atrativo. Contrariamente à pressão que estamos a observar nos segmentos mais acessíveis, devido à dificuldade do acesso ao crédito, o segmento alto continua a ter bastante procura.
Os preços dos materiais de construção estão a subir e há falta de mão de obra especializada em Portugal. Como é que a Emerge - Mota-Engil RE Desevlopers tem lidado com estas questões? Têm-se refletido nos preços finais das obras e das casas? E como incluem os critérios Environmental, Social e Governance (ESG) nas vossas obras?
Enquanto promotores temos tentado antecipar as contratações de empreitadas com o objetivo de assegurar preços, mas o custo do investimento continua a pressionar o valor final. Apesar do crescente aumento dos preços, optamos por não abdicar do cumprimento dos critérios ESG com o objetivo comum de reduzir a pegada carbónica dos nossos projetos. Queremos contribuir de forma incisiva para transição energética e para um uso eficiente de todos os recursos naturais envolvidos na nossa atividade.

O processo de reconversão do antigo Matadouro Industrial de Campanhã, no Porto, está nas vossas mãos. Como descrevem o projeto de reabilitação do edifício? O que vai trazer de novo à cidade do Porto?
A reconversão e exploração do Antigo Matadouro Industrial do Porto visa transformar o edifício num equipamento âncora na reabilitação da zona oriental da cidade, baseado nos eixos da coesão social, da economia e da cultura.
Além da reconversão, está também previsto o estabelecimento de um percurso interno de caráter público que permita a circulação entre o acesso existente na Rua de São Roque da Lameira e um outro com acesso direto à estação de Metro do Dragão. Pensamos que o investimento que fizemos na escolha das várias equipas de design, será uma aposta ganha, devolvendo à cidade um edifício que certamente fará não só parte da vida dos portuenses, mas também merecerá a atenção de todos aqueles que nos visitam.

A Emerge - Mota-Engil Real Estate Developers também tem vários projetos a nascer. Fale-nos um pouco sobre os vossos novos projetos residenciais, como o Aurios, no Porto, o Varandas do Parque, em São João da Madeira ou o Sand Cliff, em Alvor.
A Emerge está atualmente a desenvolver projetos do norte a sul do país, com escalas diferentes que variam desde os 4.000 metros quadrados (m2) até aos 270.000 m2, com diferentes usos como o residencial, serviços, comércio e logística. Por norma, estabelecemos usos complementares em todos os projetos, porque acreditamos que essa opção agrega valor ao uso principal.
Em comercialização temos neste momento os projetos:
- Aurios, no Porto;
- Matadouro, no Porto;
- Sand Cliff, em Prainha, Alvor;
- Varandas do Parque, em São João da Madeira
Estes projetos têm como data de conclusão o último trimestre de 2024.
Temos outros projetos em carteira, como o Colina e OPO-City, que esperamos lançar em breve, estando neste momento ainda em fase de desenvolvimento de projetos.
Há ainda outros projetos residenciais na calha para abraçar nos próximos anos? Quais? Fale-nos um pouco sobre eles.
Faz parte do nosso plano estratégico, colocar produto para venda e arrendamento no mercado entre os anos 2024 e 2026. Estamos muito atentos à evolução do mercado, mas acima de tudo aquilo que são os novos modos de habitar.

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