
O grupo Pestana, que tem em curso vários projetos em Portugal, sobretudo na região de Troia e em Porto Covo, não fecha a porta ao mercado de arrendamento acessível, nomeadamente ao investimento em projetos de Build to Rent (BtR) – casas construídas de raiz para serem depois arrendadas –, mas admite apostar primeiro neste tipo de projetos residenciais fora de Portugal.
“Temos interesse nesta área, porque a habitação mais acessível é uma área onde poderia fazer sentido investir. Mas também temos grandes reservas, porque não sentimos que o contexto legal [em Portugal] seja suficientemente confortável. Mais depressa podemos fazer habitação mais acessível noutro país da Europa, onde existe esse contexto que dá segurança ao investidor”, disse José Roquette, administrador pela área de desenvolvimento do grupo Pestana, citado pelo ECO.
Segundo o responsável – um dos braços direitos de Dionísio Pestana –, “a área da habitação tem a grande vantagem de dar um rendimento estável”, sendo a “hotelaria é mais cíclica”. “Poderia fazer sentido na lógica de diversificação do grupo ter essa peça [investir na habitação acessível]. Gostávamos de ter em Portugal, porque é onde temos a nossa credibilidade e a nossa base, mas não parece ser possível”, lamentou.
Relativamente ao interesse dos investidores estrangeiros no mercado imobiliário nacional, nomeadamente no segmento residencial, José Roquette adiantou que grupo Pestana já foi contactado “por um número enorme de grandes investidores internacionais”, como “grandes fundos de pensões”, que “dizem que gostavam de construir 3.000 apartamentos” no país. Mas sem “maiores incentivos fiscais”, como por exemplo a isenção de IVA para a construção de habitação acessível, estes investidores acabam por investir noutros países, alertou.
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