Verbas do Fundo de Compensação foram canalizadas, sobretudo, para formação e despedimentos. Apoio à habitação ficou aquém.
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Apesar das novas regras que permitem às empresas utilizar o Fundo de Compensação do Trabalho (FCT) para apoiar a habitação dos seus trabalhadores, essa possibilidade teve uma adesão residual em 2024. De acordo com os dados mais recentes, apenas 1,4% dos montantes resgatados do fundo serviram esse fim.

No total, as empresas resgataram 56,2 milhões de euros do FCT entre fevereiro — data em que entraram em vigor as novas regras — e dezembro de 2024. Deste montante, apenas 769 mil euros foram aplicados em apoio à habitação, um valor que contrasta com os 63% canalizados para formação profissional e os 21,2% utilizados para pagamento de compensações por despedimento, avança o Público.

O setor da construção foi o mais ativo na utilização das verbas destinadas à habitação, responsável por mais de um terço do valor aplicado nesse fim. Seguem-se os setores do alojamento e restauração, comércio e indústria transformadora, que juntos representam cerca de 34,4% dos montantes atribuídos com esse propósito.

Ao todo, foram 9.795 as empresas que acionaram o fundo ao longo do ano, num universo de 638,5 milhões de euros acumulados no início de 2024. Os valores levantados representam apenas 8,8% do total disponível, revelando uma utilização ainda muito limitada dos novos instrumentos permitidos pela legislação.

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