“Disponibilizar até 10.000 fogos de habitação para arrendamento acessível, até ao final de 2035”. Esta é uma das medidas a que se propõe o Governo através da concessão de imóveis públicos a entidades privadas, visando a dinamização do mercado de arrendamento em Portugal. Uma meta, de resto, que consta na resolução de Conselho de Ministros que vem estabelecer as regras do novo programa de Parcerias Público-Privadas (PPP) para a concessão de imóveis do Estado, publicado sexta-feira (24 de outubro de 2025) em Diário da República (DR).
O Executivo de Luís Montenegro, recorde-se, pretende colocar o “património do Estado ao serviço da habitação”. Nesse sentido, vai levar 16 imóveis a hasta pública – incluindo nove que já tinham sido anunciados em setembro – que serão vendidos a privados e poderão vir a ser utilizados para fins não habitacionais. Paralelamente, irá concessionar 14 imóveis (terrenos) públicos, estabelecendo parcerias com entidades privadas ou com outras entidades públicas, como municípios.
O diploma agora publicado em DR estipula que o Programa Estratégico para o Desenvolvimento das Parcerias para o Arrendamento Acessível (Parcerias PAA) “tem por finalidade a disponibilização de habitação para arrendamento acessível no território nacional”.
Estes são, segundo se lê no documento, os objetivos estratégicos e operacionais do referido programa:
- Aumentar o parque habitacional público em território nacional;
- Reduzir o tempo e o custo de disponibilização de imóveis;
- Garantir maior oferta de habitação para arrendamento acessível;
- Disponibilizar até 10.000 fogos de habitação para arrendamento acessível, até ao final de 2035.
O Governo adianta, ainda, que irá “adotar as diligências necessárias para que as Parcerias PAA sejam elegíveis para financiamento do Banco Europeu de Investimento (BEI) e de outras entidades que disponibilizem financiamento em condições favoráveis para o investimento de longo prazo, preferencialmente através de financiamento direto ao parceiro privado selecionado na sequência do procedimento pré-contratual”.
Estes são, para já, os 14 imóveis (terrenos) públicos que o Governo irá concessionar a privados:
- Terrenos integrados na Quinta da Alfarrobeira, em Lisboa, propriedade do Estado Português;
- Quinta da Falagueira (parte da parcela A), na Amadora, propriedade da Consest, S. A.;
- Viso, II, no Porto, propriedade da ESTAMO - Participações Imobiliárias, S. A.;
- Quartel da Trafaria, em Almada, propriedade da ESTAMO - Participações Imobiliárias, S. A.;
- Terreno (Maria Droste), Estrada da Luz, em Lisboa, propriedade da ESTAMO - Participações Imobiliárias, S. A.;
- Terreno (antigo Campo das Salésias), Rua Alexandre de Sá Pinto, em Lisboa, propriedade da ESTAMO - Participações Imobiliárias, S. A.;
- Hospital Miguel Bombarda, em Lisboa, propriedade da ESTAMO - Participações Imobiliárias, S. A.;
- Av. Elias Garcia, n.º 12, em Lisboa, propriedade da ESTAMO - Participações Imobiliárias, S. A.;
- Travessa das Zebras PM 29, à Calçada da Ajuda, em Lisboa, propriedade da ESTAMO - Participações Imobiliárias, S. A.;
- Quinta da Cartuxa, Estrada do Murganhal, em Oeiras, propriedade da ESTAMO - Participações Imobiliárias, S. A.;
- Terreno em Albufeira, CPU 080106-R-6-AQ, em Corrieira, propriedade do Estado Português;
- Casal do Louro, na Amadora, propriedade do Estado Português;
- Terreno em Faro, CPU 080508-U-3067, propriedade da Rádio e Televisão de Portugal, S. A.;
- Complexo da antiga Manutenção Militar Norte, constituído pelos imóveis designados «PM 21/ Lisboa - Manutenção Militar na Rua do Grilo Ala Norte» e «PM 165/Lisboa Manutenção Militar na Quinta de Lafões», propriedade do Estado Português.
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