O grupo Pagani Capital, que tem como fundador e CEO João Pagani Toscano, está em reestruturação com uma nova área de negócio, o ‘private equity’, que irá atuar em simultâneo com o imobiliário, focada em fundos de investimento e em captar vistos gold. O seu primeiro fundo, Pagani Capital Partners Fund, já foi lançado e tem como objetivo levantar 32 milhões de euros: vai servir para investir num ecoresort no Algarve e já está em fase de captação.
“O nosso principal cliente é internacional, que olha para Portugal e, de forma geral, para a Península Ibérica, com um interesse muito grande. Não só pelo investimento em si, mas também pelos programas que temos, nomeadamente os golden visa”, disse João Pagani Toscano, citado pelo Jornal de Negócios.
Segundo a publicação, o grupo está a adaptar-se às mudanças de regras, que implicam que investidores em imobiliário deixam de ser elegíveis para vistos gold, o que tem feito crescer a procura por fundos de investimento. Mas para se ter acesso ao regime de Autorização de Residência para Investimento (ARI) é preciso um investimento mínimo de 500.000 euros, com um prazo de maturidade de, pelo menos, cinco anos, num fundo que invista em pelo menos 60% em Portugal.
Citado pelo Jornal de Negócios, João Pagani Toscano adiantou que o grupo não quer “alocar capital a mercados internacionais”, nem que “o capital se disperse”. “Queremos que esteja todo investido num único projeto, de 'hospitality', na economia portuguesa”, revelou o CEO sobre o fundo de dívida, que estará em subscrição nos próximos dois anos. O objetivo é investir em obrigações convertíveis que irão servir para financiar um ecoresort MGallery Collection, do grupo Accor, no Algarve.
Em março deste ano, em entrevista ao idealista/news, o responsável levantou um pouco o véu sobre este projeto: “O MGallery foi a primeira aposta no Algarve, mas com o projeto em Moura [Casa das Nunes], com o Alhambra Village e com o Alcázar começámos a direcionar-nos mais para Sul. Nos próximos projetos queremos posicionar-nos no segmento de ‘Branded Residences’, sempre com uma marca de ‘hospitality’. Conseguimos, e deu muito trabalho, trazer a Accor e a MGallery, o objetivo é trazer outras marcas e aliená-las a outros projetos. Acreditamos muito no Alentejo, tem muito potencial. Provavelmente, os próximos projetos estarão orientados neste conceito”.
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