
o mercado imobiliário nacional mantém a queda gradual na sequência da situação critica económica que o país atravessa. de acordo com a agência de “rating” standard & poor’s (s&p), a procura de casas está a diminuir a olhos vistos, no entanto, as estimativas da agência de notação financeira apontam para que o preço da habitação se mantenha limitado a pouco mais de 1% este ano, depois de uma queda estimada de 2,9% em 2012
segundo a s&p, os preços das casas caíram cerca de 2,6% em setembro do ano passado face ao período homólogo, sendo que o sector da construção também apresentou resultados fracos, tendo a atribuição de licenças caído 26% ano após ano. a crise no sector deve-se ao reduzido investimento público e à queda da procura das famílias por casas novas (50% entre 2000 e 2011)
sublinhe-se também que a concessão de empréstimos hipotecários permanece fraca, mesmo apesar das taxas de juro terem caído para mínimos históricos em outubro do ao passado. no mesmo mês, o total do valor de crédito à habitação concedido caiu 2,8% face a 2011, para cerca de 111 mil milhões de euros, isto porque os bancos adoptaram regras mais restritivas
o que diz respeito às perspectivas para o futuro, a agência de notação financeira considera que a deterioração das condições de trabalho e os ajustes nos rendimentos, bem como o facto de a banca estar a restringir o acesso ao crédito à habitação, vão ter influência no mercado imobiliário nacional. “acreditamos que o declínio do preço dos imóveis vai permanecer relativamente limitado”, adianta a s&p, salientando que ao contrário de espanha e irlanda portugal não teve uma bolha imobiliária, já que os preços aumentaram muito lentamente
para os restantes países europeus, a empresa estima diferentes cenários. em espanha, por exemplo, o preço da habitação deve baixar quase 8% (7,8%) este ano. já na irlanda o valor das casas baixou para metade desde 2007, pelo que “parece que está agora a estabilizar”
já em frança e na holanda o preço das casas deve baixar 6% e 5%, respectivamente. nestes países, os possíveis compradores vão permanecer em stand by perante as perspectivas do aumento da taxa de desemprego, da diminuição dos salários e das medidas de austeridade. em sentido contrário está a alemanha, país onde as casas devem ficr 3% mais caras



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