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Chineses já são os maiores investidores em imobiliário nos EUA
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Não é só em Portugal, ou Espanha, que os chineses estão a investir em força. No ano passado, tornaram-se nos principais investidores no setor imobiliário dos Estados Unidos da América (EUA), seguindo a estratégia, cada vez mais expressiva, de adquirir ativos seguros além-fronteiras.

Nos últimos cinco anos, o fluxo do investimento chinês em propriedade residencial e comercial norte-americana somou 110.000 milhões de dólares, detalha um estudo estudo conjunto da organização não-governamental Asia Society e da consultora Rosen Consulting Group, citado pela Lusa.

Os autores da pesquisa, tornada pública este domingo, ressalvam segundo escreve a agência de notícias de Portugal, que os números, que têm como base dados de instituições públicas e entidades do setor imobiliário, subestimam o valor total ao excluir os investimentos realizados por grandes empresas e fundos de investimentos chineses.

Em 2014, por exemplo, a Anbang, que foi candidata à compra do Novo Banco em Portugal, tornou-se mundialmente famosa ao comprar o icónico hotel de Nova Iorque Waldorf Astoria, por 1.950 milhões de dólares.

Já o pequeno investidor chinês escolhe, sobretudo, propriedade residencial. Entre 2010 e março de 2015, os chineses compraram 93 mil milhões de dólares em propriedade residencial norte-americana, com 30% daquele valor a corresponder a transações realizadas nos últimos 12 meses. O imobiliário comercial, por seu turno, recebeu 17 mil milhões de dólares em investimento, metade feito no ano passado.

Maioria dos investimentos vem de poupanças de particulares

A mesma pesquisa, diz ainda a Lusa, indica que os compradores chineses optam pelos mercados mais caros: Nova Iorque, Los Angeles, São Francisco e Seattle. Chicago, Miami e Las Vegas também atraem compradores. Em média, os chineses pagam 832.000 dólares por cada casa adquirida nos EUA, bem acima do valor médio de 499.600 dólares do investimento estrangeiro no seu conjunto.

As motivações variam entre o desejo de comprar uma segunda casa, a obtenção de um visto de investimento EB-5 - uma espécie de visto `gold` - e a procura por um ativo rentável. O estudo sublinha que a maior parte do dinheiro chinês investido em propriedade norte-americana é oriundo de poupanças privadas.

Em Portugal, tal como recorda a agência de notícias, os chineses compõem 87% dos estrangeiros que investem no âmbito da Autorização de Residência para Investimento (ARI) - os chamados vistos `gold` - instituída em 2012. Quase todos fazem-no por via do requisito da aquisição de bens imóveis.

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