Subida do preços das casas está a abrandar, devido ao atual contexto económico, marcado pela subida da inflação e dos juros.
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Preço das casas nos EUA
Foto de picjumbo.com

Os principais mercados imobiliários da maior economia mundial, os EUA, começam a abrandar a subida imparável dos preços devido a fatores como o aumento das taxas de juro dos créditos habitação e da inflação e aos receios de recessão. Cidades como Miami, Phoenix, Los Angeles ou São Francisco são um claro exemplo de mercados “quentes” que começam a apresentar sintomas de fadiga.

Depois de registar, entre janeiro e abril de 2022, o aumento mais rápido da taxa de juro desde 1981, mercados imobiliários “aquecidos” como Austin e Riverside, na Califórnia, começaram de repente a desacelerar.

“Os compradores que antes precisavam de fazer ofertas na hora agora têm mais tempo para comprar e até negociar. E alguns vendedores estão a fazendo algo impensável há apenas alguns meses: baixar os preços”, referem alguns dos especialistas consultados pela Bloomberg. 

Tudo isto é um sinal de que a subida das taxas de juro por parte da Reserva Federal (Fed) está a começar a esfriar o mercado imobiliário, um dos principais objetivos do banco central na tentativa de conter o aumento da inflação.

Após o crescimento explosivo dos preços da habitação nos EUA, sobretudo nas zonas do chamado Sun Belt (Cinturão do Sol), que cobre o sul do país de costa a costa, o aumento da prestação da casa está a influenciar a decisão dos potenciais compradores. Os receios da recessão ameaçam diminuir ainda mais a confiança, aumentando a possibilidade de que o boom imobiliário da última década possa estar a terminar.

“As taxas hipotecárias rapidamente deixaram de ser um fator favorável para o mercado imobiliário para passar a era um fator desfavorável”, diz Mark Zandi, economista-chefe da Moody's Analytics. O responsável acredita que os preços possam estabilizar nos próximos 18 a 24 meses, especialmente no segmento residencial de luxo.

Citado pela Bloomberg, George Ratiu, economista sénior do portal Realtor, antecipa que “o crescimento anual dos preços deverá diminuir em todo o país de mais de 15% para cerca de 5% até o final do ano”. “Um recuo nos preços das casas que pode representar uma oportunidade para muitos compradores”, conclui.

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