No lugar de um campo de golfe vai nascer habitação pública em Hong Kong. Esta foi a decisão do Governo de Hong Kong perante o atual problema de habitação desta região especial administrativa chinesa. A ideia passa por recuperar grande parte de um campo de golfe (32 hectares) para ali construir 12.000 apartamentos. Mas o projeto tem sido alvo de críticas e muita contestação por parte da elite dos clubes de golfe da região.
Um dia depois de o contrato de arrendamento do Clube de Golfe de Hong Kong ter expirado, o Governo regional avançou que vai dar um novo uso a cerca de 32 hectares deste terreno, onde até agora funcionava em pleno o Campo de Golfe Fanling, escreve a Bloomberg.
Aqui vão ser construídos 12.000 novos apartamentos, dando resposta à atual crise habitacional da região. De notar que o atual tempo de espera por uma habitação pública em Hong Kong é de 5,3 anos (dados do final de março), havendo cerca de 133.100 famílias a aguardar resposta. Por isso mesmo, Sze Lai Shan, vice-diretor da Sociedade para Organização Comunitária (sem fins lucrativos), diz que é imperativo que as novas casas no campo de golfe sejam construídas.
Acontece que a notícia não foi bem recebida por todos. Os membros riscos dos clubes de golfe de Hong Kong têm manifestado a sua oposição quanto aos novos planos para este terreno, evocando razões ecológicas, comerciais e sociais. E, por isso, pediram uma revisão judicial ao projeto para avaliar o seu impacto ambiental, o que pode atrasar a construção das casas.
Foi em 2019 que o governo de Hong Kong apresentou pela primeira vez a ideia de recuperar o campo de golfe, construindo ali novas habitações públicas. Uma vantagem do plano é que a construção em terrenos públicos evita problemas que surgiriam com a limpeza e realojamento dos residentes existentes em terrenos privados.
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