
O investimento em imobiliário comercial em Portugal bateu todos os recordes no primeiro semestre de 2018, tendo sido investidos 1.400 milhões de euros, num total de 23 transações – três delas entraram diretamente para a lista das vendas mais caras de sempre.
“Este semestre destaca-se por incluir no Top 10 das mais elevadas transações de sempre (apuradas pela CBRE desde 2003), um total de três negócios – o portefólio da Blackstone, compreendendo o Forum Montijo, o Forum Sintra e o Sintra Retail Park, o Dolce Vita Tejo e o Lagoas Park”, refere a consultora imobiliária em comunicado.

A empresa destaca a venda do Lagoas Park, localizado no concelho de Oeiras, ao fundo de investimento norte-americano Kildare, por cerca de 375 milhões de euros. Um negócio que incluiu 13 edifícios de escritórios, uma galeria comercial, um ginásio, uma escola, um hotel de quatro estrelas com centro de conferências e um parque de estacionamento público.
Mercado de centros comerciais ativo
No que diz respeito ao investimento em centros comerciais, rondou os 650 milhões de euros, num total de quatro espaços: os três mencionados em cima e o SerraShopping.
“Deste modo, no primeiro semestre de 2018, os ativos de retalho contribuíram para uma quota de 57% do total do investimento e os escritórios com 37%. A origem do capital é quase exclusivamente internacional com uma relevante quota do mercado francês (46%)”, explica a consultora, adiantando que estão atualmente em comercialização – ou entrarão em breve – outros 11 centros comerciais.
“Sendo previsível que nem todas as operações se concluam este ano, a CBRE prevê que o ano de 2018 encerre com aproximadamente 1.400 milhões de euros de investimento no setor, claramente um recorde histórico. A CBRE estima que o volume de investimento vai exceder, assim, os 3.000 milhões de euros este ano, podendo atingir os 3.400 milhões (depois de registar um máximo histórico de 2.200 milhões no passado ano)”, aponta a CBRE.
Escritórios (também) animam mercado
Relativamente ao mercado de escritórios, continua a apresentar níveis muito interessantes de absorção, apesar de haver uma escassez de oferta.
“No primeiro semestre de 2018 foram ocupados 83.000 metros quadrados (m2) em Lisboa e 43.500 m2 no Porto, significando acréscimos de 6% e 40% respetivamente, em relação ao período homólogo. Destaca-se a ocupação de espaços por parte de empresas de serviços de outsourcing (nomeadamente centros de serviços partilhados e contact centres) e de tecnologias de informação, assim como ocupantes de espaços flexíveis (sejam operadores, empresas de co-working, aceleradoras ou incubadoras de empresas)”, conclui a consultora.
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