
As construtoras portuguesas encontram-se em alerta vermelho por causa da situação em Angola, país que teve de apertar o cinto por causa da queda do preço do petróleo. Segundo o presidente da Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços (AECOPS), Ricardo Pedrosa Gomes, os efeitos da crise em Angola serão “relevantes na atividade futura”, inviabilizando “a reposição da atual carteiras de obras”.
A AECOPS estima que Angola represente um terço de uma carteira no exterior de 7.000 milhões de euros. Citado pelo Público, o responsável aconselhou as construtoras a operar em Angola “a procurar clientes privados, ligados, por exemplo, à exploração petrolífera” e a outra setores de atividade que estão a emergir.
Outra medida será a transferência de meios para outros países, um movimento que se tem verificado nos últimos anos. Sendo o principal mercado de atuação no exterior, “uma redução da atividade, fruto da situação económica resultante da atual baixa do preço do petróleo, não deixará de ter efeitos relevantes na reposição da carteira”, frisou.
Ricardo Pederosa Gomes dá como certo que haverá “uma redução do investimento público em muitos projetos” em Angola, uma medida, de resto, já anunciada pelo governo do país.
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