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Os despejos por obras para os inquilinos com rendas antigas vão acabar. Este é, pelo menos, o objetivo da Esquerda que vai fazer chegar ao Parlamento um conjunto de propostas de alteração à lei das rendas neste sentido. A ideia do PS, Bloco de Esquerda e PCP é que as autarquias ganhem um maior protagonismo na hora de ser apurado se um prédio necessita, de facto, de obras ou ser demolido.

A Esquerda considera que muitos senhorios têm vindo a utilizar o argumento da necessidade obras, ou até demolição, para justificar os despejos de inquilinos, sobretudo, em casos de rendas antigas - que apresentam baixas rentabildidades face aos valores de arrendamento que se cobram atualmente. 

Câmaras, os novos juízes dos despejos encapotados

Nesse sentido, o PS, Bloco de Esquerda e PCP, segundo o Jornal de Negócios, querem que as câmaras tenham de validar a realização de obras que impliquem a saída de inquilinos e para isso vai apresentar na Assembleia da República um conjunto de propostas de alteração à lei das rendas.

Helena Roseta, deputada socialista e coordenadora do grupo de trabalho no Parlamento que acompanha as matérias da habitação, citada pelo jornal adianta que a prioridade é que a “realização das obras não seja uma forma encapotada de despejar as pessoas”.

Outras alterações na calha

Do novo pacote propostas consta ainda a alteração do período de transição na atualização de rendas antigas a inquilinos de cinco para dez anos, no caso de inquilinos com 65 anos ou mais e a pessoas com deficiência igual ou superior a 60%.

Por seu turno o Bloco de Esquerda e o PCP apresentaram também novas iniciativas que visam a eliminação do Balcão Nacional de Arrendamento, a prorrogação do prazo de transição para inquilinos com carências financeiras e a criação de um subsídio para senhorios de imóveis cujas rendas antigas não possam subir livremente.

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