
As empresas parecem continuar bastante interessadas no mercado de escritórios de Lisboa. Só em janeiro foram arrendados na capital 17.932 m2, mais 76% que no período homólogo (10.181 m2). Face a dezembro de 2016, a área ocupada caiu 41%, mas importa referir que o último mês do ano é historicamente o mais ativo de todos.
No que diz respeito à área média transacionada, fixou-se em 1.055 m2, influenciada pelo facto de cinco das 17 operações concluídas superarem os 1.000 m2, conclui a consultora imobiliária JLL no seu mais recente Office Flashpoint.
A empresa revela que esteve envolvida no arrendamento de cerca de 48% da área negociada em janeiro na capital, tendo mediado, por exemplo, duas grandes operações, que resultaram em tomadas de áreas de 5.300 m2 e 3.100m2.
“Este mês de janeiro foi muito bom, tendo em conta que normalmente o arranque do ano é um período em que as empresas têm processos de decisão um pouco mais longos e em que a atividade do mercado de escritórios é menos dinâmica. Isto prova que há confiança na economia e que as expetativas são muito positivas para o resto do ano”, disse Mariana Rosa, diretora de Office Agency & Corporate Solutions da JLL Portugal, em comunicado.
Segundo a responsável, “este é o momento certo para lançar nova promoção de escritórios no mercado”. “Existem cada vez menos áreas de grande dimensão capazes de responder aos requisitos atuais da procura, especialmente em zonas centrais da cidade, pelo que é muito importante que este pipeline de áreas novas de grande dimensão comece a ser alimentado, sob pena de Lisboa perder negócios muito interessantes”, explicou.
As zonas mais ativas
De referir ainda que a zona mais ativa do mercado em janeiro foi o Prime CBD, que concentrou 59% do total da área arrendada. Seguiu-se a Zona Histórica e Ribeirinha (16%) e o Corredor Oeste (8%).
De acordo com a JLL, ao contrário do que aconteceu nos últimos meses, a mudança de edifício foi a principal motivação para os arrendamentos registados, gerando 67% da área ocupada. Já a entrada de novas empresas na região de Lisboa e a expansão de área pesaram 33%.
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