A EDP Comercial e a Planbelas – imobiliária que promove e gere o empreendimento Belas Clube de Campo, nos arredores de Lisboa – lançaram, no Lisbon Green Valley, o primeiro “Bairro Solar, Comunidade de Autoconsumo Coletivo de Energias Renováveis (CACER)” de Portugal. O objetivo é promover a produção de energia a partir do sol e, por isso, 100% renovável, e o seu autoconsumo, gerando poupanças substanciais na fatura de eletricidade.
“Este novo modelo promove a produção e partilha de energia localmente, oferecendo grandes benefícios também em termos de sustentabilidade, permitindo melhorar a eficiência energética dos participantes do bairro solar e uma redução substancial na geração de Gases de Efeito de Estufa (GEE)”, referem em comunicado as duas empresas.
Trata-se de uma iniciativa “pioneira no segmento residencial e um exemplo a seguir” que numa primeira fase arrancou como projeto-piloto, mas que será alargada a todo o conjunto residencial do Lisbon Green Valley, podendo chegar às 100 moradias e edifícios até ao final de 2021.
Segundo as empresas, “a recente inovação legislativa autoriza a criação das comunidades energéticas de autoconsumo coletivo, ou bairros solares, ao permitir que haja uma cedência de energia solar de painéis fotovoltaicos instalados numa moradia – o produtor - para outras residências ou empresas na vizinhança – o consumidor”.
“Neste primeiro bairro solar, uma moradia com nove painéis solares instalados e de 330W cada, com um total de 2.970W de potência instalada, estima-se que se obtenha uma poupança de 500 euros/ano e que se evite a emissão de quase uma tonelada de CO2 para a atmosfera por ano”, lê-se no documento.
A escolha do Lisbon Green Valley para a implementação do primeiro bairro solar de Portugal deve-se ao facto de se tratar de “um dos empreendimentos residenciais mais sustentáveis da Europa”, bem como aos “objetivos estratégicos” da EDP e da Planbelas “em matéria de sustentabilidade”.
De recordar que o Governo aprovou recentemente a legislação que visa promover o autoconsumo partilhado de energia renovável e, por isso, o conceito de comunidades de energia, medida importante para alcançar uma quota de 47% de energia proveniente de fontes renováveis no consumo final bruto, em 2030. E mais: os consumidores que produzam a sua própria energia elétrica para consumo individual ou coletivo, e que injetem eletricidade excedente na rede nacional, estarão isentos do pagamento dos Custos de Interesse Económico Geral (CIEG), responsáveis por uma fatia substancial da fatura de eletricidade.
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