O ex-ministro da economia Manuel Pinho está indiciado por crimes de fraude fiscal e branqueamento de capitais no caso EDP. E, agora, o Ministério Público (MP) está empenhado em saber onde Manuel Pinho e a sua esposa, Alexandra Pinho, esconderam o património imobiliário ou financeiro. Foi com esse objetivo que decretou a quebra do sigilo bancário e fiscal dos familiares diretos do casal e ainda da imobiliária da família.
Com esta decisão, os filhos e pais de Manuel e Alexandra Pinho deixam de ter direito a sigilo bancário e fiscal. E o mesmo acontece com a empresa imobiliária do casal, a Pilar Jardim. Sem este direito, o MP poderá investigar se o casal escondeu dinheiro nas contas dos familiares mais próximos ou se colocou bens materiais em seu nome, escreve o Correio da Manhã.
Recorde-se que Manuel Pinho, ex-ministro da Economia do primeiro Governo de Sócrates, e a sua esposa são suspeitos de terem ganho de forma ilícita mais de 5 milhões de euros no caso EDP. Depois de se ter desfeito de parte do património que detinha em Portugal – também imobiliário – o ex-ministro foi detido no passado dia 14 de dezembro de 2021, tal como noticiou o idealista/news.
Um dia depois foram conhecidas as medidas de coação aplicadas ao casal. Manuel Pinho ficou em prisão domiciliária, com uso de pulseira eletrónica, e uma caução de seis milhões de euros, a mais alta de sempre na justiça portuguesa. Já Alexandra Pinho entregou o passaporte e ficou obrigada a apresentações periódicas junto da PSP, de 15 em 15 dias. A caução estipulada pelo MP foi de um milhão de euros.
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