Frio continua a entrar pelas casas dos portugueses, mas há formas baixar o valor da fatura da eletricidade. Explicamos tudo.
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Aquecer a casa
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O frio continua a entrar pelas casas dos portugueses e a falta de casas eficientes em Portugal é gritante. Isso mesmo escrevemos neste artigo, salientando que melhorar o desempenho energético dos edifícios está no topo das prioridades, nomeadamente para baixar a fatura da eletricidade, que disparou nos últimos tempos. Uma crise energética que poderá ganhar novos contornos na sequência da invasão da Rússia à Ucrânia. Importa saber, por isso, como escolher o melhor sistema de aquecimento. Explicamos tudo no artigo desta semana da Deco Alerta.

Este é o tema deste artigo da Deco Alerta, a rubrica semanal assegurada pela Deco – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor* para o idealista/news, que se destina a todos os consumidores em Portugal.

Cá por casa tomámos a decisão de mudar o sistema de aquecimento. Mas encontrámos tantas tecnologias de aquecimento eficientes disponíveis no mercado que ficámos ainda mais confusos. As dúvidas sobre que solução escolher são muitas. Que recomendações pode a Deco apresentar-nos?

O que nos relatas é partilhado por muitos consumidores. Assim, e querendo ajudar todos os consumidores, resumimos a informação fundamental a ter em conta na aquisição, instalação ou manutenção de cada uma das tecnologias num texto simples e curto: menos de 1.000 palavras!

Aquecimento de água 

A primeira decisão a tomar é escolher entre um sistema instantâneo e um sistema por acumulação. Para tal, deves avaliar se necessitam de água quente num horário específico ou ao longo de todo o dia e qual o caudal necessário. Um agregado onde quatro pessoas tomam banho no mesmo horário é diferente de um agregado em que umas tomam de manhã e outras ao fim do dia. Se o consumo for pontual recomenda-se um sistema instantâneo, caso o consumo seja para vários usos em simultâneo uma opção de aquecimento por acumulação é preferível.

Em termos de eficiência, os equipamentos a gás ou elétricos vão de A a C (numa escala de A+ a F). Porém, há diferenças: as bombas de calor são as mais eficientes (A ou A+) e os termoacumuladores os menos eficientes (C). Uma das formas de potenciar estes equipamentos é combiná-los com energias renováveis.

Em termos de espaço, os sistemas instantâneos têm a vantagem de serem os que ocupam menos espaço, de serem mais leves e poderem ser fixados à parede, além de não precisarem de depósito.

Como aquecer a casa
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Bombas de calor 

As bombas de calor garantem aquecimento ambiente, climatização e/ou preparação de água quente a partir de energias renováveis – o ar (aerotérmica) e o calor do solo (geotérmica), através da compressão do ar, o que faz aumentar a temperatura. É certo que a conversão é feita a partir de um compressor que funciona a eletricidade, mas com um consumo reduzido, sendo que esta também pode ser renovável. Em qualquer caso, é a tecnologia mais eficiente, atingindo mais de 100% de eficiência (ou seja, produzem mais energia do que a que consomem).

As bombas de calor para aquecimento ambiente são compostas por dois equipamentos – uma unidade exterior colocada no exterior da habitação, varanda/terraço, fachada ou quintal e uma unidade interior (unidades de convecção ou piso radiante). Caso se opte por uma solução de piso radiante pode ser necessário ter um terceiro equipamento – um depósito de armazenamento de calor. Uma bomba de calor exclusiva para preparação de águas quentes e sanitárias (AQS) é composta apenas por uma unidade compacta.

São algumas as vantagens específicas, nomeadamente a flexibilidade perante várias necessidades de aquecimento e limitações de espaço, a opção de arrefecimento do ambiente (pela dissipação do calor) e a melhoria da qualidade do ar interior.

Bomba de calor aerotérmica, o que é?

Se optares por uma bomba de calor aerotérmica tens de ter em conta que o seu funcionamento é afetado pelas variações de temperatura, ao contrário das geotérmicas, que contam com a temperatura constante do solo. Mas atenção, uma bomba de calor geotérmica exige cerca de 40 metros quadrados (m2) de jardim livres. É também importante lembrar que as unidades exteriores emitem algum ruído, devendo a sua localização ser pensada, por exemplo, para não estar demasiado próxima dos quartos.

O custo de aquisição das bombas de calor é considerável, mas, por oposição, os custos de operação são muito reduzidos e são equipamentos com uma vida útil média de 25 anos. As aerotérmicas são as mais baratas e as geotérmicas as que mais rapidamente permitem recuperar o investimento. No caso das águas quentes, um sistema solar térmico poderá acoplado ao sistema para uma a maior eficiência.

Porque uma alternativa mais ecológica nos beneficia a todos, explora a ferramenta HARPa que vai avaliar o sistema que tens instalado e calcular qual o mais eficiente para o teu caso em particular disponível em aquecimentoeficiente.adene.pt.

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