"Os perfis de Diretor de Obra e Encarregado Geral serão muito procurados" em 2022, antevê João Fonseca, Section Manager na Hays.
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Profissões mais procuradas na construção e imobiliário
Foto de Akin Victor no Pexels

Os elevados custos de construção, a escassez de mão de obra e os atrasos nos processos de licenciamento são alguns dos “problemas” que teimam em marcar a atualidade do setor da construção e do imobiliário, e que devem aumentar com a evolução do conflito armado entre a Rússia e a Ucrânia. 2022 tenderá a ser, de resto, um ano marcado pela falta de mão de obra. Importa saber, portanto, quais serão os perfis mais requisitados e as profissões mais procuradas. 

“Os perfis de Diretor de Obra e Encarregado Geral serão muito procurados, pelo contínuo crescimento e investimento no mercado da construção e desenvolvimento das obras públicas e privadas. Os empreiteiros procuram profissionais experientes e capazes de assumir a responsabilidade da dimensão das obras em curso. E, por sua vez, o setor imobiliário tem vindo a apostar em perfis de Gestão de Projeto e ligados às vendas e marketing, com o objetivo de promover o seu produto e conseguir o seu desenvolvimento nos diferentes canais de comunicação”, revela em comunicado João Fonseca, Section Manager na Hays. 

O responsável considera que a pandemia da Covid-19 abriu a porta à digitalização do mercado de trabalho, nomeadamente no setor da construção e do imobiliário, mas salienta que, tratando-se de “dois setores conservadores, há ainda um caminho longo para a profissionalização e digitalização do setor”. 

Como pontos negativos destaca, por exemplo, o aumento dos impostos no setor, um fator que “tem sido problemático”. Mas não só: “Os preços da construção dispararam, muito relacionados com o aumento do preço das matérias-primas. Os investidores privados não olharão para o imobiliário de classe média, porque face ao IVA existente, torna-se inviável o desenvolvimento deste tipo de projetos. O atraso nos licenciamentos e o fim dos vistos gold são (e serão) os maiores problemas do setor que, inevitavelmente, levará os investidores a optar por outros países”.

Construção civil e imobiliário
Foto de Andrea Piacquadio no Pexels

O que esperar do ano de 2022?

Segundo João Fonseca, “é possível destacar três grandes acontecimentos que poderão influenciar” o rumo do setor da construção e imobiliário em 2022: 

  • O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), onde o Estado prevê o início de novos projetos na área da construção que poderão vir a contribuir para estimular o setor;
  • O IVA na construção de 23%, que poderá ser problemático para este mercado. Uma situação que tem disparado os preços da construção e os investidores privados não olharão para o imobiliário de classe média, tendo em conta o valor dos impostos, tornando-se inviável o desenvolvimento deste tipo de projetos;
  • O fim dos vistos gold, que poderá tornar-se um entrave ao desenvolvimento de grandes projetos em Portugal, levando os investidores a olhar para outras geografias para investir.
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