
Os preços das casas pelo mundo estão a crescer ao ritmo mais rápido em 18 anos. E a inflação tem sido o principal motor que dá gás a esta evolução. As principais cidades turcas foram as mais afetadas pela subida generalizada dos preços, tendo mesmo atingido os lugares cimeiros do Global Residential Cities Index da Knight Frank. Das 150 cidades do mundo monotorizadas pela consultora, Lisboa ocupa a 91.ª posição evidenciando uma subida do preço das casas na ordem dos 7,5% entre o último trimestre de 2021 e o período homólogo.
A grande maioria das 150 cidades acompanhadas pelo índice mundial viram os preços das casas aumentar em 2021. Nesta edição contabilizaram-se 140 subidas, contra as 122 identificadas em 2020. Isto reflete-se nos resultados globais: o índice residencial cresceu 11% em 2021, aponta a consultora.
E onde é que foi sentida uma maior evolução dos preços das casas? Nas cidades americanas, que registaram o salto médio anual de 15%. Na Europa, Médio Oriente e África (EMEA) o crescimento foi de 11% e na Ásia-Pacífico foi de 9%.
Esta onda de aumento do preço das casas não é atípica nas cidades inseridas em economias avançadas. Mas tem sido cada vez mais impulsionada pelo aumento das taxas de juro - que estará para breve no caso da Europa - e está ainda mais alimentada pela inflação que se tem vindo a agravar devido ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Resta, então, saber como vão reagir os mercados residenciais das diferentes cidades do mundo aos desafios atuais.
Em que cidades os preços das casas mais subiram? E desceram?
Voltando aos dados do final de 2021. No topo desta ranking estão mesmo três cidades turcas - Istambul, Izmir e Ancara - que registraram aumentos anuais nos preços das casas entre 56 e 63%. A completar o top 5 está a cidade de Hobart, na Áustrália, registando um aumento de 33,7%, seguida por Phoenix, nos EUA, com 32,5%.
Entre as primeiras cidades europeias, estão duas situadas nos Países Baixos: Roderdão e Amsterdão, que viram as habitações ficarem quase 18% mais caras entre o final de 2020 e o final de 2021. Foram ainda observados aumentos de cerca de 12% em Dublin (Irlanda), Varsóvia (Polónia), Munique (Alemanha) e Riga (Letónia). Já em Lisboa e em Madrid, os aumentos dos preços das casas situam-se em torno dos 7%.
Olhando para o fundo da tabela, sala à vista que os preços das casas desceram em 10 cidades das 150 analisadas. A maior queda de todas foi registada em Kuala Lumpur, na Malásia (-5,8%), seguida de duas cidades italianas: Veneza (-4,1%) e Génova (-3,3%).
Este é o ranking completo do Índice residencial das cidades do mundo da Knight Frank:

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