Está cada vez mais caro comprar uma habitação em Portugal. Isto porque os preços das casas não param de subir mesmo com o cenário de incerteza que se faz sentir devido à guerra na Ucrânia. É o que mostra o índice de preços do idealista: nos primeiros três meses de 2022, as casas ficaram 1,2% mais caras do que no trimestre anterior. E no final de março, comprar casa tinha o custo mediano de 2.352 euros por metro quadrado (euros/m2), um valor 0,7% superior ao verificado em fevereiro e 7,8% maior do que o registado há um ano.
Casas estão mais caras em 15 capitais de distrito
Os preços das casas subiram em 15 capitais de distrito entre primeiro trimestre de 2022 e o anterior. E foi em Évora (17,2%) e na Guarda (8,3%) onde se registaram os maiores aumentos. Segue-se Vila Real (5,5%), Funchal (5,5%), Viana do Castelo (4,1%), Ponta Delgada (3,9%), Bragança (3,3%), Viseu (3,2%), Aveiro (2,8%), Lisboa (2,8%), Leiria (2,5%), Faro (1,6%), Porto (1,5%), Castelo Branco (1,2%) e Santarém (0,4%).
Por outro lado, houve também cinco capitais de distritos onde se observou uma descida nos preços das casas neste período. São elas: Portalegre (-5,9%), Setúbal (-0,8%), Coimbra (-0,5%), Beja (-0,4%) e Braga (-0,4%).
Lisboa continua a ser a cidade onde é mais caro comprar casa: no final de março, o preço fixou-se os 5.130 euros/m2. Porto (3.058 euros/m2) e Funchal (2.227 euros/m2) ocupam o segundo e terceiro lugares, respetivamente. Já as cidades mais económicas para comprar casa em território nacional são Portalegre (640 euros/m2), Castelo Branco (779 euros/m2), Bragança (793 euros/m2), Guarda (811 euros/m2) e Beja (824 euros/m2).
Preços das casas para comprar sobem na maioria dos distritos/ilhas
Contabilizando os 18 distritos de Portugal continental e as ilhas dos arquipélagos dos Açores e da Madeira, salta à vista que os preços medianos das casas subiram na maioria dos territórios entre o primeiro trimestre de 2022 e o trimestre anterior. Em concreto, os valores das habitações para venda aumentaram em 18 distritos/ilhas dos 25 contabilizados nesta análise.
As maiores subidas dos preços das casas tiveram lugar na Ilha do Faial (11,5%), Ilha Terceira (8,5%), Ilha da Madeira (5,5%), Ilha de Porto Santo (3,7%), Setúbal (3,4%), Leiria (3,3%), Faro (3,2%), Évora (3,1%), Guarda (2,8%), Braga (2,7%), Ilha de São Miguel (2,6%), Santarém (2,4%) e Bragança (2%). Seguem-se Lisboa e Porto (1,9% em ambos os distritos), Aveiro (1,7%), Viseu (1,5%) e Viana do Castelo (1,5%).
Foi observado uma queda nos preços das casas em sete distritos e ilhas portuguesas: na Ilha de Santa Maria (-18,8%), Portalegre (-4,8%), Beja (-3,5%), Castelo Branco (-2,7%), Ilha do Pico (-2,5%), Vila Real (-1,3%) e Coimbra (-1,2%).
Olhando para o valor das casas no final de março deste ano, salta à vista que o distrito onde é mais caro comprar casa é mesmo Lisboa (3.797 euros/m2), seguido por Faro (2.685 euros/m2), Porto (2.315 euros/m2), Ilha da Madeira (2.022 euros/m2), Setúbal (2.009 euros/m2), Ilha de Porto Santo (1.431 euros/m2), Aveiro (1.422 euros/m2), Ilha de Santa Maria (1.337 euros/m2), Leiria (1.297 euros/m2), Braga (1.281 euros/m2), Coimbra (1.214 euros/m2) e Ilha de São Miguel (1.128 euros/m2). Comprar casa em Viana do Castelo tem um custo de 1.092 euros/m2, em Évora de 1.088 euros/m2, em Viseu de 895 euros/m2 e em Santarém de 862 euros/m2.
E quais são os distritos onde é mais barato comprar casa? Os dados mostram que no final de março os preços das casas mais económicos encontravam-se em Portalegre (578 euros/m2), Guarda (679 euros/m2), Castelo Branco (716 euros/m2) e Bragança (776 euros/m2).
Quais são as regiões onde é mais barato comprar casa?
Durante os primeiros três meses do ano, os preços das casas subiram em todas as regiões do país, isto comparando com os valores praticados na reta final de 2021 (entre outubro e dezembro). A liderar as subidas, encontra-se o Alentejo (6,9%), seguido pela Região Autónoma da Madeira (5,4%) e Algarve (3,2%). Segue-se a Região Autónoma dos Açores (2%), a Área Metropolitana de Lisboa (1,6%), o Norte (1,3%) e o Centro (0,5%).
Sem surpresa, a Área Metropolitana de Lisboa, com 3.400 euros/m2, foi a região mais cara para comprar casa no final de março, seguida pelo Algarve (2.685 euros/m2), Região Autónoma da Madeira (2.009 euros/m2) e Norte (1.954 euros/m2). Do lado oposto da tabela encontram-se a Região Autónoma dos Açores (1.068 euros/m2), o Alentejo (1.185 euros/m2) e o Centro (1.194 euros/m2) que são as regiões mais baratas para adquirir uma habitação.
Índice de preços imobiliários do idealista
Para a realização do índice de preços imobiliários do idealista, são analisados os preços de oferta (com base nos metros quadrados construídos) publicados pelos anunciantes do idealista. São eliminados da estatística anúncios atípicos e com preços fora de mercado.
Incluímos ainda a tipologia “moradias unifamiliares” e descartamos todos os anúncios que se encontram na nossa base de dados e que estão há algum tempo sem qualquer tipo de interação pelos utilizadores. O resultado final é obtido através da mediana de todos os anúncios válidos de cada mercado.
O relatório completo encontra-se em: https://www.idealista.pt/media/relatorios-preco-habitacao/venda/
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