
O Ministério da Segurança Social aprovou 22 projetos de alojamento com respostas de integração social, com um financiamento de 22 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Os 22 projetos vão permitir dar respostas habitacionais a 800 pessoas.
“São projetos inovadores que se candidataram a um aviso de PRR que lançámos e que correspondem a novas respostas sociais seja para o envelhecimento ou para a integração de pessoas através de soluções de habitação“, explicou Ana Mendes Godinho à agência Lusa, na Ericeira, no concelho de Mafra.
Projetos com base no conceito de habitação colaborativa
Os 22 projetos aprovados vão ser financiados na totalidade pelo PRR, estando o financiamento total de 22 milhões a ser distribuído pelo Ministério da Segurança Social, através da assinatura dos respetivos contratos de financiamento. “São soluções que implicam alojamento e integração de pessoas que precisam de algum tipo de respostas sociais”, esclareceu a governante, adiantando que, depois de testados e avaliados, poderão ser replicados no país.
Ana Mendes Godinho assinou esta terça-feira, 3 de janeiro de 2022, cinco dos 22 contratos de financiamento para respostas sociais inovadoras nos concelhos de Castanheira de Pêra, Lousã, Mafra, Óbidos e Pombal. Os cinco projetos correspondem a um investimento de 5,2 milhões de euros, e vão abranger 166 pessoas em habitação colaborativa.
O que é a habitação colaborativa?
Na habitação colaborativa, ou cohousing, um conjunto de pessoas junta-se para viver em comunidade em torno de um projeto de habitação comum. Trata-se de um modelo mais inclusivo e sustentável que facilita a convivência e a cooperação, e que pode assumir várias formas de habitação coletiva. Criado na Dinamarca, na década de 1970, o modelo privilegia a socialização e a economia partilhada entre pessoas das mais variadas idades.
Uma nova forma de viver, por exemplo, para pessoas idosas que não podem continuar a viver sozinhas, e para quem os lares também não são solução. A habitação colaborativa fomenta a entreajuda, o combate à solidão, promovendo a autonomia e independência, com tarefas e serviços partilhados. Trata-se de viver em comunidade, sem perder a identidade.
*Com Lusa
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