
O contexto atual é desafiante. As famílias que têm crédito habitação indexado à Euribor estão a sentir as prestações da casa subir a pique. E não se sabe ao certo quando é que este cenário irá mudar, uma vez que o Banco Central Europeu (BCE) deixou claro que “podemos viver mais subidas na taxa central, com impacto nas Euribor e, por conseguinte, no rendimento disponível das famílias”, recorda o presidente da Associação Nacional Intermediários Crédito Autorizados (ANICA). Neste panorama de alta inflação e subida de juros - que consomem parte substancial do rendimento disponível, gerando dificuldades orçamentais - o Governo avançou com uma série de medidas para ajudar as famílias que estão a pagar créditos habitação mais caros. Mas estas ajudas não chegam a todos, havendo cada vez mais portugueses a recorrer aos intermediários de crédito habitação, pedindo ajuda, sobretudo, para “reduzir a prestação mensal dos seus créditos”, avança Tiago Vilaça em entrevista ao idealista/news.
E esta elevada procura por intermediários de crédito já se faz sentir. Várias famílias têm vindo a procurar alternativas junto destes profissionais, porque muitas não conseguiram ter acesso às medidas desenhadas pelo Governo, como as novas regras para renegociar os créditos, a bonificação dos juros ou a descida de um escalão de IRS para quem paga crédito, por exemplo. Isto acontece porque “foram manifestamente desenquadradas da necessidade dos portugueses” e basearam-se em “procedimentos altamente burocráticos e morosos". Resumindo, foram “uma mão cheia de nada”, analisa Tiago Vilaça.
Por outro lado, o atual contexto de perda de poder de compra, financiamento mais caro e expectativas económicas menos otimistas tem levado a que haja menos famílias a recorrer ao crédito habitação para comprar casa, estimando-se uma queda de até 35% nos novos contratos. Neste contexto, “o profissional de intermediação de crédito em Portugal vai viver momentos desafiantes”, porque “as famílias precisam do nosso apoio”, alerta o porta-voz do setor.
"As medidas anteriores [do Governo para mitigar subida dos juros] foram manifestamente desenquadradas da necessidade dos portugueses".
“Os principais pedidos são de ajuda para reduzir a prestação mensal dos seus créditos”, avança Tiago Vilaça ao idealista/news, detalhando que “, apesar de cada caso ser um caso, a esmagadora maioria [das famílias] só conseguirá manter o custo atual por via da transferência e muitos casos com mudança para taxas mistas”. Por isso mesmo, “existem mais casos de transferência de tipologia de crédito, do que de renegociação”, explica ainda o responsável.
Embora Tiago Vilaça reconheça que “toda e qualquer medida que possa suster a escalada dos encargos das famílias é positiva”, acredita, contudo, “que estamos a empurrar o problema com a barriga”, porque “não se está a dar uma resposta estrutural”. Uma vez mais, o especialista teme que “estas medidas anunciadas não consigam acautelar a realidade da maior parte dos portugueses”.
Apesar de tudo, os intermediários de crédito associados à ANICA garantem que vão continuar a estar prontos para ajudar a conseguir as melhores soluções de forma a reduzir as prestações da casa das famílias ou para encontrar o novo crédito habitação mais ajustado a cada orçamento familiar.
Com este cenário como pano de fundo e com os olhos postos nos desafios futuros da atividade da intermediação de crédito, a ANICA vai juntar pela primeira vez em Portugal todos os principais intervenientes na sua 1.ª Convenção que se realiza esta quarta-feira, dia 27 de setembro, no Museu do Oriente, em Lisboa. O objetivo passa por mostrar como, juntos, é possível encontrar soluções “para ajudar a aliviar o peso das responsabilidades do crédito no orçamento familiar”, diz Tiago Vilaça, presidente da ANICA, em entrevista ao idealista/news para ler em seguida.

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Como avalia a atual situação do crédito habitação em Portugal? Tendo em conta a última decisão do BCE, como perspetiva a evolução do mercado e das Euribor?
Com preocupação. Como se sabe, mais de 80% da carteira no crédito habitação está indexada a Euribor (3, 6 e 12 meses). Tanto mais que o BCE foi muito claro na última intervenção, quando afirma que tudo fará para que a taxa de inflação não ultrapasse os 2%, com alguma probabilidade de podermos viver mais subidas na taxa central, com impacto nas Euribor e, por conseguinte, no rendimento disponível das famílias.
Qual é a importância dos intermediários de crédito no contexto atual marcado pela subida de juros e perda de poder de compra?
O papel do intermediário de crédito é isto mesmo, saber interpretar a legislação, as diferentes ofertas no mercado, diagnosticar o cliente e qualificar o processo enquadrado nos fatores aqui referidos. O profissional de intermediação de crédito em Portugal vai viver momentos desafiantes, porque as famílias precisam do nosso apoio. Tenho o mesmo sentimento que vivi no período da Covid-19: a incerteza era tal que, quem trabalha no mundo financeiro viveu 24 horas por dia 7 dias por semana a tentar obter soluções para os seus clientes. Que ninguém se iluda, vivemos um momento de afirmação, afirmação do nosso conhecimento enquanto profissionais e os que conseguirem ajudar as famílias, terão um futuro mais sorridente para além de estarem a praticar serviço público.
"Os principais pedidos são de ajuda para reduzir a prestação mensal dos seus créditos".
A subida de juros tem levado mais portugueses a recorrer aos intermediários de crédito habitação? Quais são os pedidos mais expressivos que chegam (pedir novos créditos, transferir ou renegociar)? E qual é o seu objetivo final?
Sim, é um facto! Os principais pedidos são de ajuda para reduzir a prestação mensal dos seus créditos. Cada caso é um caso, mas a esmagadora maioria só conseguirá manter o custo atual por via da transferência e muitos casos com mudança para taxas mistas. Não é fácil conseguir reduções, vivemos um momento de subida acentuada dos juros. Até para os bancos a possibilidade de renegociação é ingrata, porque ainda com spread zero (impossível de aplicar), o cliente é penalizado pelo indexante e respetivo período de atualização, comparativamente a uma nova solução de transferência. Por isso mesmo, existem mais casos de transferência de tipologia de crédito, do que de renegociação.
O crédito habitação novo está com quebra de 30% a 35%, justificada presumivelmente pelo impacto da subida inflação e expectativas menos otimistas das famílias.
Este aumento de procura por parte das famílias que querem comprar casa, tem impulsionado o negócio? De que forma? Têm surgido mais intermediários de crédito habitação em Portugal?
Não é em 2023 que se têm verificado mais crescimento de intermediários de crédito para dar resposta à procura das famílias. Foi essencialmente em finais de 2021 e todo o ano de 2022 que se verificou um maior crescimento de profissionais de intermediação de crédito em Portugal. Curiosamente, julgo, coincidiu com incremento de vendas de casas nesse mesmo período.
Os números do primeiro quadrimestre de 2023 relativamente ao crédito habitação dizem-nos que aquisição com crédito baixou mais de 30%, um movimento também justificado pelas medidas do regulador mais restritivas no acesso aos empréstimos. Por outro lado, o crescimento das transferências do crédito habitação cresceu mais ou menos nessa ordem de grandeza, mais de 30%, até porque a política comercial da banca focou a captação de transferências. Julgo que a procura de casas mantém-se em alta até pela procura dos estrangeiros, mas com menos recurso a crédito.

Com a subida dos juros, o Governo avançou com novas medidas para ajudar as famílias a pagar as prestações da casa, alargando a bonificação dos juros e criando um desconto na Euribor que permite estabilizar as prestações. E decidiu alargar também a suspensão da comissão relativa à amortização antecipada até 2024. Como avalia estas medidas? Qual será o impacto destas ajudas nos agregados familiares? Que mais poderá ser feito?
Ora, toda e qualquer medida que possa suster a escalada dos encargos das famílias é positiva. Contudo, já as medidas anteriores foram manifestamente desenquadradas da necessidade dos portugueses, questões de enquadramento dos apoios, procedimentos altamente burocráticos e morosos, falta de informação dos profissionais da banca, fez com que as famílias não conseguissem ter acesso a estas medidas, ou seja, uma mão cheia de nada.
Com as novas medidas anunciadas, algum descrédito da minha parte, confesso, mas com uma clara certeza de que estamos a empurrar o problema com a barriga. Não se está a dar uma resposta estrutural! Sou da opinião que o crédito de acesso à habitação própria permanente é um direito fundamental e que devem existir “travões”, semelhante ao que está a acontecer com a lei dos arrendamentos. Medidas que acautelem impactos negativos e nefastos no orçamento das famílias. Temo que estas medidas anunciadas não consigam acautelar a realidade da maior parte dos portugueses.
Que conselhos daria a quem quer comprar casa e precisa de um empréstimo?
Apenas um só: antes de procurar casa, procurem um profissional de intermediação de crédito - o serviço no caso dos vinculados até é gratuito - e peçam um diagnóstico da sua capacidade financeira. Só depois de saber o seu orçamento, ou seja, qual o seu teto máximo, é que a família deve procurar uma casa com um custo enquadrado à sua capacidade financeira.
Continuo a ter dificuldade em entender que o comportamento seja precisamente o contrário, primeiro procuram a casa, só depois é que verificam a capacidade financeira. Tempo perdido e expectativas defraudadas. Terá de haver mais aposta ao nível da literacia financeira sobre esta matéria.
"Só depois de saber o seu orçamento, ou seja, qual o seu teto máximo, é que a família deve procurar uma casa com um custo enquadrado à sua capacidade financeira"
No atual contexto de mercado, que tipo de taxa recomendam? E porquê? Varia consoante o perfil de clientes?
Quase como numa consulta com o nosso médico, cada caso é um caso e depende sempre do diagnóstico do paciente. Não existe um remédio único e genérico. Pese embora, temos assistido a um aumento de taxa mista. As pessoas compreendem e aceitam que mais vale mitigar riscos e saber com o que podem contar, procurando estabilidade orçamental e deixando em aberto a possibilidade de mais a frente ter acesso a uma Euribor inferior, que se espera que venha a acontecer no médio/longo prazo.
O Banco de Portugal (BdP) tem também alertado para entidades não habilitadas a intermediar crédito. Como podem as famílias garantir que escolhem uma entidade autorizada a atuar como intermediário?
E ainda bem! Esse é o papel fundamental do regulador: manter o equilíbrio na confiança do consumidor e mitigar riscos. Nós na ANICA tivemos sempre este grande objetivo: criar uma entidade com um selo de qualidade e, como tal, foi criado o SELO ANICA, que assegura que os nossos associados subscrevem um código de ética e se revêm neste comportamento positivo e leal para com o consumidor. Uma forma que as famílias têm para dialogarem com uma entidade credível é começar por procurar o SELO ANICA nesses profissionais, normalmente visíveis no estabelecimento físico, página web ou na assinatura de email. Outra possibilidade de garantir que está a interagir com uma entidade legal é fazer a pesquisa no portal bancário da página do BdP e analisar a listagem que é atualizada ao dia.

Na sua ótica, como vai evoluir o incumprimento nos créditos habitação? Haverá novas casas a chegar ao mercado com preços mais baixos? Como podem os intermediários de crédito ajudar a evitar situações de incumprimento?
Já trabalhava no mundo financeiro nos anos de 2010-2012, pelo que ainda tenho em boa memória a crise do imobiliário em Portugal. Acho que vivemos uma realidade diferente. De facto, na última crise observou-se exatamente isso: um crescimento de imóveis nas carteiras dos bancos, aumentando a oferta e desvalorizando o preço de mercado. Não me parece que seja a realidade atual, por um contexto favorecido por procura de mercados externos, estrangeiros que procuram casa em Portugal para residir. Os bancos foram obrigados a acautelar possíveis desvalorizações dos imóveis com exigência de mais capitais próprios dos seus clientes, entre outras medidas. No contexto atual, o mercado conseguirá absorver mais casas, até porque hoje há falta de casas em Portugal. Por outro lado, os rácios de incumprimento ainda não dispararam, também devido ao facto de existir estabilidade no emprego, pelo que, em teoria, não se prevê níveis elevados de incumprimento no curto prazo.
O papel do intermediário de crédito é acompanhar de perto a necessidade da sua carteira de clientes. Na minha opinião, a relação com o cliente não cessa no momento da escritura, pelo contrário, é nesse momento que nasce a relação creditícia. E, como tal, também o intermediário de crédito é responsável por acompanhar os seus clientes na vida útil dos empréstimos e colaborar em todas as fases e necessidades do mesmo.
"Não se prevê níveis elevados de incumprimento no curto prazo".
Como vai ser o futuro do imobiliário em Portugal com as novas medidas do Mais Habitação aprovadas no Parlamento?
Na ausência de uma bola de cristal, apenas digo que neste caso o papel do legislador deveria ser mais regulador do que influenciador no mercado de habitação. Alguém que me explique como se vive numa cultura de consumo, livre atuação dos agentes económicos, se por outro lado tenta-se condicionar estes direitos fundamentais. Uma coisa é certa: o nosso país é pequeno o que quer que seja que o futuro nos reserve chegará muito rápido. Rapidamente saberemos.
Qual é o balanço que faz dos três primeiros anos da ANICA? Têm sentido maior adesão do setor? Que iniciativas têm desenvolvido?
Um trabalho voluntário e duro! Todo o nosso crescimento foi orgânico, ou seja, contando apenas com o apoio interno dos órgãos sociais da ANICA, que estiveram presentes nos principais eventos a nível nacional por convite de entidades externas. Só assim foi possível atingir os quase 200 associados inscritos até ao presente momento.
Com muito orgulho, hoje somos parte permanente integrante do Plano Nacional da Literacia Financeira, com a coordenação do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros. Somos ainda a única entidade representativa do setor, chamados a contribuir com a nossa opinião para as decisões do legislador no Parlamento, o que nos permite participar e acompanhar de perto a evolução da nossa profissão.
Outra decisão interna importante foi, no início de 2023, a contratação de uma pessoa a tempo permanente para apoio ao associado. Com a entrada deste recurso, foi criado o departamento de comunicação, com o intuito de estarmos mais próximos aos nossos associados e restantes intermediários de crédito não associados a operar Portugal.

Na sua perspetiva, como tem evoluído a intermediação de crédito habitação em Portugal nos últimos anos? Qual a relação da banca em Portugal com os intermediários de crédito? Há diferenças com outros países?
Uma questão deveras pertinente, como se sabe, a introdução em Portugal do Regime de Acesso à Actividade do Intermediário de Crédito e a Prestação de Serviços de Consultoria (RJIC) é uma transposição de diretiva comunitária, ou seja, assente em legislação já existente e com vários anos de aplicabilidade em outros países da União Europeia (UE).
Constata-se de facto diferenças nos estados-membros, não só a nível de regulação, mas também ao nível comportamental dos consumidores. No entanto, ao nível de regulação julgo que em Portugal se terá ido um pouco mais além ao que é praticado em outros países membros, gerando dúvidas na interpretação e aplicabilidade da legislação. Na minha perspetiva, julgo que temos de reavaliar e atualizar eventualmente o RJIC à realidade do mercado que operamos, no fundo adaptar com as alterações necessárias a legislação ao nosso ADN cultural.
Relembro também que a introdução do RGIC com o respetivo período de adaptação, coincidiu e terá sido condicionado pelo período da Covid-19. Isto porque o último relatório de avaliação da atividade é de março de 2021, pelo que parece existir um desfasamento sério na forma como a nossa atividade é observada, o que pode comprometer a sua evolução.
A minha opinião é a de que existe uma corresponsabilidade de todos os agentes do nosso ecossistema. E os bancos não estão à margem, até porque são os principais interessados e beneficiados pela atividade profissional dos intermediários de crédito, evitando aumentar os seus custos a nível de salários e pontos de venda (agências). Portanto, os bancos têm também a responsabilidade de dinamizar a literacia financeira, ajudando deste modo a qualificar o profissional de intermediação de crédito. Infelizmente vê-se ainda poucas ações concertadas entre bancos sobre estas matérias.
"O profissional de intermediação de crédito que não privilegiar investimento em tecnologia, terá muito trabalho e pouca rentabilidade, podendo, no limite, estar a comprometer o seu futuro"
Qual o papel da tecnologia e da Inteligência Artificial (IA) na vossa atividade?
Indubitavelmente a de facilitar o processo na mediação entre consumidores e bancos. As novas gerações estão já muito bem familiarizadas a tecnologia e privilegiam a possibilidade de poder interagir com as entidades a qualquer hora do dia e da semana. Também pode ajudar o intermediário de crédito a concentrar procedimentos, uma vez que cada banco tem procedimentos individuais específicos para serem cumpridos. A possibilidade de numa única plataforma poder gerir vários processos do mesmo cliente com várias entidades externas é, de facto, altamente eficiente. O profissional de intermediação de crédito que não privilegiar investimento em tecnologia, terá muito trabalho e pouca rentabilidade, podendo, no limite, estar a comprometer o seu futuro.
A aposta em recursos humanos é determinante, pois vivemos num negócio de confiança e, para tal, a relação pessoal é imprescindível. Mas na recolha e tratamento de informação o papel da tecnologia é fundamental. Acredito no equilíbrio entre as duas componentes.

Porque defende a criação de uma ordem profissional dos intermediários de crédito? Quais são as vantagens? Que desafios poderá ajudar a resolver?
Costumo dizer que a roda e o fogo já foram inventados. Basta olhar para o percurso histórico de outras profissões, tecnicamente independentes com responsabilidade civil, como é o caso dos contabilistas certificados, dos médios ou dos engenheiro civis. São profissionais com um papel importantíssimo na sociedade, que subscrevem uma série de obrigações, se obrigam a atuar de forma diligente, responsável com a missão de acautelar e zelar pelo bem-estar social. Não é isso que faz um intermediário de crédito? Atuar de forma preventiva diagnosticando a necessidade das famílias, aconselhar com responsabilidade, onde fica corresponsável pelo aconselhamento, garantindo assim a estabilidade do ecossistema macroeconómico em que atua.
"A concertação é cada vez mais uma boa solução para ajudar a aliviar o peso das responsabilidades do crédito no orçamento familiar"
Como perspetiva o futuro da intermediação de crédito, o tema central da 1ª Conveção da ANICA (em termos de legislação, regulação e promoção da literacia financeira)? E qual é o papel da ANICA nesse futuro?
O principal papel da ANICA é garantir que a profissão da intermediação de crédito em Portugal siga a sua natureza. O sonho de fazer banca fora da banca, alocar o conhecimento técnico e independente do lado do consumidor, com a possibilidade de saber adequar as diversas e diferentes soluções existentes no mercado, sendo indubitavelmente uma mais-valia para os consumidores.
Uma coisa é certa, nesta nossa 1ª Convenção vamos juntar pela primeira vez em Portugal todo este nosso ecossistema: entidades governativas, regulador, bancos de retalho, sociedades financeiras de aquisição a crédito, associações homónimas representativas de várias partes da sociedade portuguesa, oradores com experiência no setor, intermediários de crédito nas suas diferentes tipologias (vinculados, não vinculados e a título acessório). Ou seja, esta Convenção pretende exatamente alertar para a necessidade de uma concertação na distribuição dos diferentes produtos de crédito, independentemente se estamos perante imobiliário, crédito habitação ou automóvel, crédito ao consumo, ou até o consolidado. A concertação é cada vez mais uma boa solução para ajudar a aliviar o peso das responsabilidades do crédito no orçamento familiar.
O papel da ANICA é agregador neste conjunto global, mas sem nunca esquecer a sua natureza que é defender uma profissão que atue de forma diligente, responsável e transparente.
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