Juros no crédito habitação

Economia dá voltas e juros caem: o que ganha e perde o imobiliário

O ciclo económico na Europa está a mudar. A inflação está a desacelerar a bom ritmo e os salários a aumentar, mas a economia está fraca, a precisar de estímulo. Todos estes fatores estão por detrás das mais recentes descidas dos juros do Banco Central Europeu (BCE), e continuam a fazer pressão para que haja um novo corte das taxas na reunião da próxima quinta-feira, dia 17 de outubro. Este alívio da política monetária já está, aliás, a ter impacto direto nos bolsos das famílias em Portugal, aumentando o poder de compra e reduzindo o custo nos créditos habitação. E também tem efeitos no investimento imobiliário. Neste artigo preparado pelo idealista/news, explicamos com a ajuda de especialistas o que está na origem da descida dos juros do BCE e qual o seu impacto na habitação e no imobiliário.
Renegociar o spread da casa

Renegociar o spread para baixar a prestação da casa: sim ou não?

Muitas famílias viram a prestação do crédito habitação subir em flecha nos últimos tempos, devido ao aumento das taxas de juro por parte do Banco Central Europeu (BCE), que fez disparar, por sua vez, as taxas Euribor. A verdade é que, no entanto, o spread médio dos novos contratos de crédito habitação com taxa variável tem vindo a descer, encontrando-se já abaixo da barreira dos 1%. Será, então, boa altura para renegociar o spread? Explicamos tudo sobre este tema no artigo de hoje da Deco Alerta. 
Crédito habitação em incumprimento

Banca reduziu crédito habitação malparado em 2 mil milhões desde 2016

Continuam a soar os alarmes quanto ao risco de incumprimento do crédito habitação em Portugal, dado o contexto de elevadas taxas de juro e baixo poder de compra. Mas os dados mais recentes do Banco de Portugal (BdP) revelam que o montante de empréstimos da casa problemáticos está em mínimos, registando cerca de 250 milhões de euros em fevereiro. Isto acontece porque os bancos têm vindo a reduzir a sua exposição a créditos habitação malparados desde a última crise financeira num montante superior a 2 mil milhões de euros.
Lucros dos bancos em Portugal

Subida de juros: lucros dos 5 grandes bancos quase duplicam em 2023

Ao longo de 2023, as famílias e empresas sentiram os efeitos da rápida subida dos juros nos empréstimos (habitação e para outros fins). Mas esta evolução não foi acompanhada por uma subida dos juros nos depósitos ao mesmo ritmo. Este desequilíbrio deu gás ao aumento da margem financeira da banca portuguesa. E, em resultado, só os cinco principais bancos em Portugal registaram lucros de 4.444 milhões de euros em 2023, mais 72,5% face ao ano anterior. Mas, mesmo assim, os bancos reduziram o número de trabalhadores e de postos de atendimento no nosso país.
Crédito habitação a cair

Queda no empréstimo da casa leva banca a apostar em crédito pessoal

Apesar de estarem a dar sinais de descida por via da Euribor, os juros nos créditos habitação em Portugal continuam elevados. E este é o principal fator que tem gerado uma diminuição da procura por empréstimo destinados à compra de casa, referiu recentemente o Banco de Portugal (BdP). É neste contexto que a banca tem vindo a adaptar as condições de crédito, reduzindo os spreads nos créditos habitação ou até em dar ofertas a taxa mista mais atrativas. Além disso, os bancos estão a apostar em força nos créditos pessoais, oferecendo, por exemplo, vouchers em troca de cartões de crédito, iniciativas que o BdP considera que não aumenta riscos de endividamento.
Crédito habitação em Portugal

Crédito habitação: montante total volta a cair no final de 2023

Os juros no crédito habitação em Portugal continuam elevados e a arrefecer a procura de financiamento bancário para comprar casa. Este facto somado ao aumento das amortizações antecipadas ao longo do ano levou a que o montante total de empréstimos habitação voltasse a cair em dezembro para 98,9 mil milhões de euros, revela o Banco de Portugal (BdP).
Prestações da casa a descer

Novos créditos habitação: juros descem pelo 2º mês consecutivo

As recentes descidas das taxas Euribor já estão a ter efeitos nos novos créditos habitação em Portugal. Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) esta sexta-feira divulgados mostram que, nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro desceu para 4,342% em dezembro, sendo esta a segunda diminuição registada nos últimos 20 meses. E, em resultado, também as prestações da casa ficaram ligeiramente mais baratas. Mas olhando para a totalidade dos empréstimos habitação voltou-se a sentir uma subida dos juros, assim como das prestações da casa, que estão em máximos de 2009.
Subida dos juros nos créditos da casa

Portugueses são os que mais sofrem com a subida dos juros do BCE

A maioria das famílias que está a pagar crédito habitação em Portugal está a sentir as prestações da casa a subir à boleia da Euribor, uma vez que mais de 80% do stock total foi contratado a taxa variável. E, agora, um estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI) revelou que são mesmo os portugueses que estão a pagar mais juros nos empréstimos habitação do que qualquer outro país da Zona Euro (em proporção), na sequência das subidas das taxas de juro diretoras pelo Banco Central Europeu (BCE).
Riscos do conflito do Médio Oriente no imobiliário

Venda de casas e investimento em risco com conflito no Médio Oriente?

O conflito armado no Médio Oriente já dura há mais de um mês, deixando um rasto de destruição em Israel e na Faixa de Gaza e somando milhares de mortos e feridos em ambos os territórios. Mas os efeitos desta guerra não se fazem sentir apenas localmente. Atravessam oceanos e continentes, impactando a economia e os negócios na Europa e em Portugal, através do aumento dos custos da energia, das matérias-primas, da inflação e dos juros, e contribuindo para um arrefecimento do desenvolvimento económico, que acaba por sentir-se na vida das famílias a vários níveis. Nomeadamente, há risco de o conflito no Médio Oriente ter efeitos também no universo da habitação e do imobiliário, traduzindo-se na subida dos custos da construção, no aumento dos juros do crédito habitação, na redução da venda de casas e ainda na queda de investimento imobiliário, agudizando a crise habitacional que se vive em Portugal e na Europa, tal como antecipam vários especialistas ouvidos pelo idealista/news.
Juros do BCE

Corte de juros do BCE? Lagarde diz que é "prematuro" pensar nisso

Esta quinta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter as taxas de juro diretoras inalteradas, rondando os 4%. E como será no futuro? O regulador europeu diz que as suas futuras decisões vão assegurar que “as taxas diretoras sejam fixadas em níveis suficientemente restritivos, durante o tempo que for necessário”, para que a inflação regresse aos 2%. “É totalmente prematuro pensar em cortar juros”, avisou Christine Largade. Até porque, hoje, há vários riscos que podem ter impacto na economia europeia e mudar as perspetivas futuras da inflação na Zona Euro, nomeadamente a guerra na Ucrânia, o conflito armado entre o Hamas e Israel e ainda a crise climática.
Comprar casa com baixo salário

Famílias com baixos salários estão a contratar menos créditos da casa

O contexto económico está mais desafiante, sobretudo, para quem tem baixos rendimentos. As famílias que recebem menos de 2 mil euros mensais têm interesse em comprar casa em Portugal. Mas grande parte não chegou a avançar com o crédito habitação no terceiro trimestre de 2023, depois do processo de consulta. A maior pressão sobre o poder de compra e dificuldades de poupança devido à inflação, a subida das taxas de juro, a par do acesso dificultado ao financiamento por via do teste de stress poderá ajudar a explicar a retração das famílias com baixos salários na contratualização de empréstimos para comprar casa no nosso país, tal como sugere o mais recente relatório trimestral do idealista/créditohabitação em Portugal.
Investimento imobiliário

Como investir em imobiliário: 6 tendências que protegem da inflação

O ambiente macroeconómico atual é desafiante, caracterizado por uma inflação ainda elevada e por altas taxas de juro que afetam a rentabilização dos negócios. Mas neste contexto incerto, investir no mercado imobiliário pode ser mesmo a primeira linha de defesa para proteger o capital. É precisamente isso que defende Markus Waeber, chefe de consultoria e inteligência imobiliária na Julius Baer, que destaca ainda seis tendências do mercado global, que os investidores imobiliários podem considerar para navegar no ciclo atual. Entre elas está o investimento em habitações para arrendar, a aposta na construção sustentável, na logística e em escritórios flexíveis.
Apoios ao crédito habitação

Medidas para aliviar juros não solucionam crise habitacional, diz FMI

O Fundo Monetário Internacional (FMI) classifica as medidas do Governo português para aliviar o impacto das taxas de juro no crédito à habitação como “provisórias” e que não solucionam a crise, pedindo que sejam temporárias e dirigidas aos vulneráveis. “São medidas provisórias, não são uma solução
Pagar crédito habitação na reforma

Crédito habitação: 85% das famílias chega à reforma a pagar a casa

Hoje, os jovens encaram sérias dificuldades no acesso a habitação própria. Encontram-se sufocados pela insegurança laboral - que os impede de poupar -, pelos elevados preços das casas à venda, bem como pelo agravamento dos custos no crédito habitação, a par do baixo poder de compra. Por todos estes motivos, muitos portugueses vão adiando a decisão de comprar casa. Mas os desafios não ficam por aqui: como se trata de um compromisso de longo prazo, são muitas as famílias que chegam à idade da reforma e continuam a pagar a prestação da casa.
Prestação da casa a subir

Prestação da casa volta a ficar mais cara em outubro: quanto sobe?

A política monetária do Banco Central Europeu (BCE) está a ficar cada vez mais restritiva, estimulando a subida das taxas Euribor para todos os prazos. Este cenário não é favorável às famílias que pretendem comprar casa em outubro com recurso ao crédito habitação a taxa variável, uma vez que as prestações da casa estão mais caras, tal como mostram as simulações do idealista/créditohabitação. Também quem está a pagar empréstimo da casa ao banco vai sentir um novo agravamento da despesa em outubro.
Subida de juros sobe prestações da casa

Sufoco das famílias com juros altos? “Importa agir com antecipação”

Está traçado o caminho para um novo agravamento das prestações da casa nos créditos habitação a taxa variável. O Banco Central Europeu (BCE) voltou a subir os juros diretores na passada quinta-feira (dia 14 de setembro), uma decisão que deverá dar um novo estímulo ao aumento da Euribor. A verdade é que com a prestação da casa a pesar cada vez mais sobre os rendimentos disponíveis, há cada vez mais famílias em dificuldades. Mas, nestes casos, “importa agir em antecipação, não procurando ajuda apenas numa situação limite”, alerta Miguel Cabrita, responsável pelo idealista/créditohabitação em Portugal, em entrevista. Renegociar ou transferir os empréstimos poderá ajudar a reduzir a prestação da casa no final do mês.
Subida de juros pelo BCE

Juros do BCE em 4,5%: como fica a prestação da casa com a nova subida

O rumo da política monetária do Banco Central Europeu (BCE) ficou “em aberto”, aguardando novos dados macroeconómicos. Mas, depois de se confirmar que a inflação na Zona Euro vai continuar “demasiado elevada durante demasiado tempo”, a presidente Christine Lagarde decidiu avançar com uma nova subida as taxas de juro diretoras em 25 pontos base esta quinta-feira (dia 14 de setembro), elevando a principal taxa de refinanciamento para os 4,50%, o maior valor desde maio de 2001. Esta não é uma boa notícia para quem tem crédito habitação a taxa variável ou está a pensar contratar um, uma vez que a decisão do regulador europeu dará um novo estímulo à subida da Euribor e, por conseguinte, às prestações da casa. E, segundo os especialistas ouvidos pelo idealista/news, este não deverá ser o último aumento dos juros diretores. Também Lagarde admitiu que "é demasiado cedo para dizer se as taxas de juro do BCE atingiram o seu pico”, embora tenha deixado a porta aberta para haver uma pausa na próxima reunião.
Subida de juros pelo BCE

Pausa na subida dos juros? “Governos devem retirar apoios à economia”

O Conselho do BCE está firme na sua luta contra a inflação na área do euro, tendo voltado a subir as taxas de juro diretoras em 25 pontos base esta quinta-feira. E avança que os anteriores aumentos das taxas de juro estão a ser transmitidos de “forma vigorosa” à economia, reduzindo a procura de financiamento. Mas a presidente do BCE, Christine Lagarde, reforçou que o regulador europeu não pode fazer o trabalho sozinho, insistindo que “os governos devem retirar apoios à economia”. E deixou a porta aberta para uma pausa na subida dos juros.
Perda de receita fiscal

Queda no IMT e venda de casas traz riscos para contas das autarquias

Em Portugal, continuam-se a vender casas em 2023, mas menos do que no ano passado. E os preços das habitações continuam a subir, mas a um ritmo muito inferior. Um cenário de abrandamento do mercado imobiliário está a traçar-se e, segundo a agência de notação financeira DBRS, traz riscos para as contas das câmaras municipais do país, pois reduz as receitas fiscais com o imobiliário.
Investimento em habitação

Compra de casas em queda por subida de juros diretores, diz Natixis

O contexto económico atual é incerto, estando marcado pela inflação e subida de juros nos créditos habitação. E, segundo a gestora Natixis, o aumento das taxas de juro por parte dos principais bancos centrais dos Estados Unidos e da Zona Euro está a provocar uma queda acentuada do investimento em habitação por parte das famílias.