Apesar das agências imobiliárias estarem há semanas de porta fechada e sem poder mostrar os imóveis, 83% dos profissionais imobiliários portugueses continuam a trabalhar desde casa, por causa da pandemia do coronavírus, preparando-se para o momento em que possam voltar à atividade no exterior, segundo o inquérito* realizado pelo idealista aos profissionais do setor de todo o país que trabalham com a plataforma.
Embora em quarentena, 51% dos profissionais afirma, numa pergunta de escolha múltipla, ter aproveitado o confinamento para fechar operações que estavam pendentes. Os profissionais optaram também para receber formação durante este tempo, visto que 47% dos inquiridos decidiu melhorar as suas aptitudes face a um futuro mercado com maior concorrência.
Cerca de 46% dos profissionais aproveitou ainda estas semanas para atualizar a sua carteira de imóveis e 43% realizou tarefas de fidelização de clientes. Por último, 17% dos profissionais usou o tempo para angariar novos imóveis para a sua comercialização uma vez termine o período de confinamento.
Ainda que a maioria das agências imobiliárias mantivesse a atividade, a situação é muito frágil. Apenas 7% reconheceu ter capacidade financeira para sobreviver mais de 6 meses nas atuais circunstâncias. Por outro lado, 29% indica que não tem capacidade para aguentar nem um mês. Cerca de 47% tem capacidade para continuar se a situação não se alargar mais de 2 ou meses, 9% conseguiria aguentar até 4 a 5 meses e 7% poderia suportar até 6 meses.
Os profissionais também se pronunciaram sobre os preços em que o mercado se vai mover nos próximos meses. O maior consenso recai sobre a perceção de que os preços de venda irão apresentar uma descida (71% dos inquiridos), enquanto 22% acredita que se irão manter iguais. Nenhum profissional prevê subidas de preço.
Em relação ao mercado de arrendamento, a maioria (66%) pensa que os preços vão descer, enquanto 26% opina que se irão manter nos mesmos níveis dos que se registavam antes da pandemia. Surpreendentemente, 2% dos inquiridos acredita que os preços possam subir nos próximos meses.
*Metodologia: Inquérito online realizado pelo idealista a 258 profissionais imobiliários de todas as regiões do país (de forma ponderada em função do seu peso no mercado) na terceira semana de abril
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