
numa altura em que praticamente toda a gente se vê afectada pela crise imobiliária, é bom relembrar as regras de ouro que devem pautar todo o processo de compra de uma casa. evitar um despejo ou perder a casa para o banco são duas situações pelas quais ninguém quer passar, por isso, tome nota:
1 – comprar por um valor inferior ao aprovado pelo banco
há alguns anos conseguir um empréstimo não era difícil. os bancos davam todo o dinheiro que era pedido e até ofereciam mais “uns trocos” para comprar um carro ou ir de férias. muitas pessoas acreditaram que a habitação era um bem que sempre se valorizaria e que, por isso, este era um investimento que os tornaria mais ricos dia após dia, pelo que dificuldades em pagar o empréstimo não era um cenário que fosse levado a sério. estas pessoas enganaram-se, e algumas (muitas) estão agora com dificuldade em pagar o empréstimo
de futuro, é preciso recordar que apenas se deve pedir o que se precisa. um valor conservador e que se possa sempre pagar, sobretudo em cenários inesperados como o de desemprego repentino. também é preciso ter consciência que há que comprar uma casa de acordo com as suas necessidades, uma vez que (convém não esquecer) quanto mais cara mais gastos implica (seguros, impostos, manutenção, água , luz etc)
2 – comprar a pensar no longo prazo
quando o mercado imobiliário estava ao rubro, alguns investidores pensaram que as casas que estavam a comprar se iam vender em menos de um ano e com lucro. na hora de comprar casa, há que pensar no futuro e não como se estivessemos a jogar na bolsa ou numa actividade de pura especulação. muitos compradores actuais acreditam que vão estar na casa que compram pelo menos sete ou dez anos. se não consegue planear o futuro porque, por exemplo, o seu trabalho exige deslocações ou mudanças, é melhor optar pelo arrendamento
3 – poupar e liquidar as dívidas antes de pedir um crédito à habitação
poupar, tentar manter sempre rendimentos estáveis e não ter dívidas na hora de comprar casa são regras que podem parecer óbvias mas que nem sempre estiveram presentes com a clareza necessária. quantas pessoas tinham um carro novo “xpto” quando recebiam o seu primeiro ordenado? quanta gente comprou casa sem poupanças?
4 – ler bem a documentação do empréstimo
as pessoas com crédito à habitação que estão actualmente “aflitas” são normalmente de dois tipos: ou são vítimas de um crédito que não conheciam bem ou perderam alguma das suas fontes de rendimento. ora, entrar para o primeiro grupo é perfeitamente evitável se não se pecar por omissão. quem contrai um empréstimo deve conhecer ao pormenor todos os encargos inerentes ao mesmo, bem como conhecer todas as cláusulas, mesmo as que estão escritas em letras miúdas. se por acaso não se percebe alguma coisa é preciso esclarecer esse ponto de imediato, sem qualquer espécie de vergonha e, se for o caso, recusar a proposta sem problemas. se não percebe bem os termos de um empréstimo ou se não está confortável com ele, recorra à ajuda de profissionais que o possam ajudar, isso evitará, no futuro, muitas despesas e dores de cabeça
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