A taxa de juro média das novas operações de crédito habitação, incluindo renegociações, desceu em junho pelo quinto mês consecutivo, para 2,91%, o valor mais baixo desde outubro de 2022, divulgou esta quinta-feira (31 de julho de 2025) o Banco de Portugal (BdP).
De acordo com os dados do supervisor bancário, a taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação passou de 2,97% em maio para 2,91% em junho, representando a 19.ª descida nos últimos 20 meses (a exceção foi janeiro de 2025, em que subiu 0,03 pontos percentuais).
Esta é também a taxa de juro média das novas operações mais baixa desde outubro de 2022 (2,76%).
A taxa de juro média das novas operações de crédito habitação recuou quer nos novos contratos, quer nos contratos renegociados, cujas taxas médias se reduziram 0,04 pontos percentuais e 0,13 pontos percentuais, para 2,87% e 3,11%, respetivamente.
No conjunto dos países da área do euro, a taxa de juro média das novas operações de empréstimos habitação diminuiu 0,01 pontos percentuais para 3,29%, tendo Portugal apresentado a quinta taxa de juro média mais baixa, ficando abaixo da média da área do euro.
Maioria dos contratos é a taxa mista
Em junho, 72% dos novos empréstimos habitação própria permanente foram contratados a taxa mista (com taxa de juro fixa num período inicial do contrato, seguido de um período com taxa de juro variável), proporção que não se alterou relativamente a maio, representando estes contratos 39% do ‘stock’ de crédito à habitação.
A taxa de juro média das novas operações a taxa mista foi de 2,78% em junho, menos 0,04 pontos percentuais do que em maio, enquanto a das novas operações a taxa variável foi a que mais se reduziu (0,18 pontos percentuais, para 2,90%), mantendo-se abaixo da verificada nas operações a taxa fixa, que aumentou 0,06 pontos percentuais, para 3,50%.
Já a prestação média mensal do 'stock' de empréstimos habitação recuou um euro em junho face a maio, para 413 euros, atingindo o valor mais baixo desde setembro de 2023.
Os dados divulgados pelo BdP acrescentam que a Euribor a seis meses foi a mais utilizada nas novas operações de crédito à habitação em junho, representando 50,6% do montante de novas operações com taxa variável.
A Euribor a 12 meses, que foi a mais utilizada nos 22 meses anteriores representou 40,52% do montante das novas operações com taxa variável, enquanto a Euribor a três meses representou 5,18%.
Em termos do 'stock' total de empréstimos à habitação, a Euribor a seis meses representava 37,74%, a Euribor a 12 meses 32,28% e a três meses 25,28%.
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