Apoios de 4.800 euros inserem-se na medida Emprego Interior MAIS, operacionalizada pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
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Viver no interior: ajudas do Governo estão a atrair sobretudo jovens trabalhadores com famílias
Photo by Susan Lewis-Penix on Unsplash

A pandemia da Covid-19 tem estado a despertar um novo interesse pelas zonas menos densificadas. E querer viver no interior é cada vez uma maior tendência. Para apoiar a mudança, o Governo criou um programa de ajudas, que contempla a atribuição de até 4.827 euros para os trabalhadores que decidam dar este passo. A linha de financiamento vai ser aberta até março deste ano e até ao final de dezembro de 2020 recebeu um total de 207 candidaturas, que correspondem a 740 pessoas (incluíndo famílias), segundo dados revelados pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS).

A medida Emprego Interior MAIS é operacionalizada pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e abrange trabalhadores desempregados ou empregados à procura de novo emprego que se mudem para territórios do interior. Os beneficiários terão de ter um contrato a tempo completo (com duração mínima superior a um ano) e está também abrangida a criação do próprio emprego.

O apoio financeiro direto a conceder a quem se mudar para o interior é de 2.633 euros, a que acresce uma majoração de 20% por cada elemento do agregado familiar (até ao limite de 1.316 euros). Será ainda comparticipado o custo de transportes de bens, até ao limite de 878 euros. No total, o valor pode assim ir aos 4.827 euros.

Norte é a zona mais atrativa

Das candidaturas entregues, foram aprovadas até agora 77, o que já permitiu a mudança para o interior de 222 pessoas, com o montante de apoios atribuídos a somar 230 mil euros.

De acordo com o MTSSS, revelados em comunicado e citados pelo Negócios, quase metade dos candidatos com processos aprovados são jovens até aos 34 anos (45% do total) e quase dois terços (64%) têm habilitações de nível superior. A maioria das candidaturas aprovadas (50) são relativas a processos de trabalho por conta de outrem, sendo que 22 candidaturas são relativas à criação do próprio emprego e cinco são de pessoas que criaram empresas.

A maioria das pessoas vai para a região centro do país, com 52 das candidaturas aprovadas. Outras 15 optaram pelo norte e dez pelo Alentejo e apenas uma família se mudou para o Algarve.

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